Obra que resgata a história verídica de Jacinta Maria Santana, mulher negra que teve seu corpo embalsamado e exposto sem consentimento, entre 1900, ano de sua morte, e 1929, na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), a produção “Documenta Jacinta” tem lançamento hoje (15), às 19h, em Sorocaba, no CineSMetal.

Idealizado pela historiadora sorocabana Lívia Maria Tiede, com direção de Fabrício Vianna e produção executiva de Sttefânia Mendes, o filme propõe uma reflexão sobre o racismo institucional no Brasil.

A exposição sem consentimento foi promovida pelo médico eugenista Amâncio de Carvalho, conhecido por suas práticas ligadas ao chamado “racismo científico”, amplamente defendido no Brasil no início do século 20.

A eugenia foi um conceito criado na Inglaterra em 1883, que se difundiu em diversos países, especialmente nos Estados Unidos e na Alemanha. Apesar da roupagem científica em torno do termo, o movimento eugenista tinha como objetivo a exclusão de elementos indesejados da sociedade, a fim de “melhorar” geneticamente a população.

Entre os atores presentes no documentário estão Daia Moura, Bruno Chipotle, Francisco Stol, Hamilton Sbrana, Laura Guedes e Lúcia Gato, com participação de Melissa Souza. A produção é de Bianca Landulpho, além de Larissa Andressa Moura (assistente de direção) e Felipe Cruz (diretor de arte e figurino).

A entrada é gratuita a todos os interessados, mediante doação de 1 quilo de alimento a ser destinado ao Banco de Alimentos de Sorocaba. Após a exibição, haverá uma roda de conversa com a equipe do filme.

O CineSMetal está localizado na rua Júlio Hanser, 140. (Da Redação)