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Metrô tem mostra de Clarice Lispector

Metrô tem mostra de Clarice Lispector

11 de Março de 2025 às 21:45
Cruzeiro do Sul [email protected]
Exposição está na estação Luz da capital e explora vida e obra da escritora
Exposição está na estação Luz da capital e explora vida e obra da escritora (Crédito: DIVULGAÇÃO)

Desde ontem (11) a Estação Luz, da Linha 4-Amarela do metrô de São Paulo, apresenta exposição inédita da obra da escritora e jornalista Clarice Lispector. Paredes, catracas, pilastras e um vagão estão adesivados com frases, manuscritos e imagens da produção literária de Clarice.

Um painel biográfico traça a trajetória da autora, intercalando fotos, trechos marcantes e curiosidades sobre sua vida. Na escadaria fixa da estação, os degraus foram adesivados com lombadas de suas principais obras, transformando o percurso em uma experiência literária. No espaço cenográfico instagramável montado no local, os passageiros podem tirar fotos.

“A mostra conta com um painel interativo de fitinhas personalizadas, e os visitantes podem levar frases marcantes de Clarice como lembrança. Para os apaixonados pela literatura, há um espaço de leitura exclusivo com uma estante abastecida mensalmente com livros da autora, permitindo que os passageiros conheçam e explorem suas obras, além de servir como ponto de coleta para doações de obras da autora, feitas pelos passageiros”, informa o Instituto CCR, organizador da mostra.

Segundo o Grupo CCR - empresa que administra rodovias, a artista foi escolhida para a exposição em homenagem ao mês das mulheres. O projeto Centenários já lembrou nomes como Heitor Villa-Lobos, Tarsila do Amaral e Cândido Portinari.

A neta da autora, Mariana Valente, assina as colagens das peças expostas. O objetivo foi marcar identidade visual que expresse a percepção da obra da avó.

De acordo com os organizadores do evento, a escrita de Clarice abre fendas simbólicas, cortes subjetivos que nos fazem enxergar o que estava oculto, dentro do texto, dentro da vida, dentro de nós. Seu estilo, para mim é de rasgo na linguagem. Ela desconstrói frases, desmonta significados, faz da palavra um corpo vivo, pulsante, orgânico. Sua literatura não segue um caminho linear, mas se fragmenta em fluxo contínuo. (Agência Brasil)