O Carnaval, como conhecemos hoje, é o resultado de séculos de transformações culturais e sociais. Sua origem remonta às festividades pagãs da Antiguidade, quando gregos e romanos celebravam rituais ligados à fertilidade e à colheita, em festas marcadas por máscaras, danças e banquetes. Com o advento do Cristianismo, essas celebrações foram incorporadas ao calendário religioso e passaram a anteceder o período da Quaresma, ganhando o caráter de uma despedida dos prazeres mundanos antes dos dias de jejum e penitência.

No Brasil, o Carnaval chegou com os colonizadores portugueses, fortemente influenciado pelo Entrudo, festa popular onde as pessoas lançavam farinha, água e limão umas nas outras em meio a brincadeiras e desfiles improvisados. Com o tempo, a folia foi incorporando novos elementos, influenciada pelos ritmos e expressões culturais dos povos africanos e indígenas, que trouxeram a percussão, os batuques e as danças que viriam a se tornar marcas do Carnaval brasileiro.

No século 19, o Carnaval começou a ganhar contornos mais organizados, com o surgimento dos bailes de máscaras e dos primeiros blocos de rua. No Rio de Janeiro, surgiram os primeiros cordões e ranchos carnavalescos, que já traziam elementos das futuras escolas de samba. Foi nessa época que surgiram as marchinhas, ritmo que dominou os Carnavais por décadas, dando espaço mais tarde para o samba, que se tornaria o principal gênero musical da festa.

A partir do século 20, o Carnaval se consolidou como a maior festa popular do Brasil, com o crescimento das escolas de samba, os blocos de rua e os desfiles que atraem milhões de foliões. Cidades como Salvador introduziram os trios elétricos, transformando a folia em uma experiência ainda mais animada!