Literatura
SP inicia plano do livro e leitura

A organização não governamental (ONG) Ação Educativa, o Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo (SisEB) e a organização social (OS) Associação Paulista de Bibliotecas e Leitura (SP Leituras) preparam a fase de encontros regionais de discussão para a construção do Plano Estadual do Livro e Leitura. Os ‘Encontros de Escuta‘ consistem em oficinas de conversa com estrutura colaborativa, a exemplo das audiências públicas, porém sem o caráter formal dessa ferramenta, ligada a projetos de lei em formação ou à ação parlamentar. O plano é previsto no Projeto de Lei Nº 529/2023 e sua construção reúne mais de 20 organizações do setor.
Maior mercado para a literatura, tanto por sua rede escolar quanto pela presença consolidada de editoras e livrarias, o estado definirá as políticas do setor com políticas que atravessem gestões de um governo, a exemplo do que ocorre hoje em áreas que contam com planos estaduais e conferências de área bem definidas, como a saúde e a educação. Como elas, não se espera que as iniciativas engessem presentes e futuros gestores, mas que defina parâmetros quanto aos rumos que são mais importantes para trabalhadores, empresários e interessados na área.
Os eixos de discussão do plano paulista seguem aqueles propostos no Plano Nacional do Livro e Leitura, levando os participantes a discutir temas como a democratização do acesso às leituras e às escritas, fomento à leitura e formação de mediadores, valorização da leitura e da comunicação e apoio ao desenvolvimento dos setores criativos.
Os dois primeiros encontros contaram com o apoio de equipamentos regionais, como os campus da Unesp, universidade pública estadual com grande capilaridade em todas as regiões do interior do estado. Em Franca, onde ocorreu a rodada inaugural, com participação de professores, bibliotecários e entusiastas das Letras, houve ‘uma vontade uníssona‘ do incentivo e fomento à leitura e impulso à literatura. ‘Saímos com encaminhamentos propositivos qualificados e possíveis de serem viabilizados. Diante disso, o coração está aquecido sabendo que é o primeiro passo de uma linda e construtiva jornada‘, afirmou Alessandra de Cassia Laurindo, coordenadora executiva e metodológica do Programa Nacional dos Comitês de Cultura e uma das articuladoras do encontro.
Os encontros têm como objetivos secundários a formação de educadores populares e a construção de grupos que permaneçam na formação de planos municipais do livro e leitura. (Da Redação, com informações da Agência Brasil)