Um grupo de ex-seminaristas das décadas de 1940, 1950 e 1960 vai lançar, no dia 1º de agosto, o primeiro livro sobre a história do Seminário Arquidiocesano São Carlos Borromeu, de Sorocaba. “Das Sementes às Flores e aos Frutos” será apresentado ao público às 19h30, na paróquia São Carlos Borromeu, no Centro. Haverá missa presidida pelo arcebispo metropolitano de Sorocaba, dom Júlio Endi Akamine, e sessão de autógrafos.

Ao todo, 20 pessoas colaboraram com a obra, entre ex-seminaristas e padres, além de dom Júlio. Segundo Norberto Sutillo de Arruda, um dos autores, o grupo decidiu produzir o livro junto ao manuscrito publicado pela Arquidiocese sobre o seu centenário, para os dois se complementarem. Os próprios ex-membros do seminário se mobilizaram para viabilizar a obra. Eles apresentaram o projeto em um grupo de WhatsApp com cerca de 70 ex-seminaristas, para convocar interessados em escrever e pedir ajuda financeira.

O processo de produção durou aproximadamente cinco meses. Publicado pela Crearte Editora, o trabalho tem 332 páginas. Nelas, os autores narram algumas de suas vivências durante o período no seminário. Cada um aborda um tema. De acordo com Arruda, a obra é uma espécie de arquivo da história da instituição, para deixá-la sempre registrada e evitar que se apague. “É para deixar alguma coisa escrita sobre o seminário, porque parece que muita coisa se perdeu da documentação que tinha lá.”

Há, também, uma intenção social por trás da elaboração de “Das Sementes às Flores e aos Frutos.” Isso porque parte da renda arrecadada com a venda dos exemplares será destinada para Arqudiocese aplicar na reforma da Catedral Metropolitana de Sorocaba Nossa Senhora da Ponte.

Intenção do seminário

O Seminário São Carlos Borromeu foi fundado em 1939, por dom José Carlos Aguirre — primeiro bispo da cidade. O prédio do Centro foi reformado e reabriu como seminário em julho de 2024. É a casa de 21 seminaristas em formação.

Segundo Norberto Sutillo, as palavras do título do livro resumem, com eficácia, as intenções do lar espiritual e educacional. “Sementes” indica o despertar das vocações nos seminaristas. “Flores” refere-se à fase de estudos. E “frutos” relaciona-se com o resultado do trabalho da instituição, que, conforme Arruda, vai além da formação de sacerdotes. “A ideia de dom Aguirre era, se não desse para formar padres, formar cidadãos de bem”, finaliza.