Como parte da frente educacional do Festival de Artes Híbridas (FAH), cinco projetos artísticos serão contemplados com uma bolsa de estudo e orientação para a criação e apresentação das obras durante o evento. As inscrições para participar da Incubadora de Estudos Performativos podem ser feitas até às 23h59 da próxima sexta-feira (24).

A análise das propostas será divulgada no dia 27 do mesmo mês. O regulamento e o formulário de inscrição estão disponíveis no linktr.ee/fahsorocaba. Mais informações pela página do Instagram @festivaldearteshibridas.

O projeto da Incubadora é idealizado por Douglas Emílio e realizado por meio de uma parceria entre o Festival de Artes Híbridas e o Sesc. As propostas selecionadas serão apresentadas no festival e no Sesc Sorocaba. De acordo com Robson Catalunha, idealizador e curador do festival, a ideia é estimular a criação de novos projetos autorais na cidade. “Às vezes, nós, artistas, nos deparamos com uma ideia, mas não sabemos como iniciar, com quem trocar ou como experimentar e acabamos deixando-a de lado. A Incubadora é um espaço para isso: uma espécie de laboratório de criação, coletivo, que ainda conta com a estrutura do festival e do Sesc para apresentação e troca com o público”.

No formato de residência, a Incubadora terá três etapas de desenvolvimento. A primeira, consiste na inscrição de uma proposta que, de acordo com a organização do evento, pode estar em qualquer fase da criação ou produção. A segunda, contará com a orientação de Douglas Emílio, além de alguns encontros com Robson Catalunha e Felipe Cruz, respectivamente, idealizador e diretor de arte do FAH, que atuarão de forma a colaborar nas discussões e facilitando os estudos, sempre em consonância com a proposta curatorial do festival. Por fim, na terceira etapa, as obras criadas terão duas apresentações: a primeira no Festival de Artes Híbridas (nos dias 22 e 23 de junho, no Parque na Biquinha) e, a segunda, nas dependências do Sesc Sorocaba (em 6 de julho). Após as apresentações, ainda haverá um debate com o público e, também, com artistas convidados, que tecerão comentários sobre as experiências criadas.

Perspectiva coletiva

“A construção da Incubadora se estabelece na criação de uma metodologia que coloca os projetos em experimentações sob a perspectiva coletiva. A ideia é a diluição de orientações individuais para criar ambientações em cooperação e corresponsabilidade”, explica Douglas Emílio, artista com mais de 20 anos mediando processos criativos e que, atualmente, desenvolve pesquisa de doutorado em Dança e Estudos Contemporâneos, na Universidade Federal da Bahia (UFBA). “Desse modo a minha atuação será de pessoa mediadora que cria procedimentos e apresenta referenciais que possam dialogar com os temas, conceitos, desejos e perguntas que os projetos instauram”, complementa.

Douglas ainda pontua que esta frente educacional do Festival de Artes Híbridas está conectada a uma prática realizada em vários eventos artísticos pelo mundo. “Quase todos os festivais, mostras e bienais de arte, por exemplo, refletem o próprio acontecimento artístico enquanto uma perspectiva educacional, ou seja, o próprio evento já é artístico-educacional”.

O festival

O Festival de Artes Híbridas é uma mostra, em formato presencial, de obras “site-specific”, ou seja, criadas para um local específico. A programação será composta por diversas linguagens artísticas, como intervenções cênicas, dança, performance, música, literatura, fotografia, instalação, dentre outras áreas. Todas as obras serão apresentadas simultaneamente nas dependências do Parque da Biquinha, nos dias 22 e 23 de junho, com entrada gratuita.

A ação cultural é realizada com recursos da Lei Paulo Gustavo, Governo Federal, Ministério da Cultura, por meio da Lei Complementar nº 195/2022, Edital Secult 09/2023 Fomento à Produção Cultural e apoio da Secretaria de Meio Ambiente e Bem-Estar Animal do município de Sorocaba.