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Tecnologia

Academia Brasileira de Letras inaugura avatar de Machado de Assis

Figura humanizada do escritor funciona por meio de inteligência artificial

06 de Março de 2024 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Avatar do escritor recepciona visitantes na sede da ABL
Avatar do escritor recepciona visitantes na sede da ABL (Crédito: REPRODUÇÃO REDES SOCIAIS)

A Academia Brasileira de Letras (ABL), no Rio de Janeiro, passará a ter uma figura ilustre para recepcionar seus visitantes: ninguém menos que Machado de Assis (1839-1908). Por meio de uma tecnologia de “avatar humanizado”, que funciona com o uso de inteligência artificial (IA), o ‘escritor‘ vai interagir em tempo real, respondendo a questões sobre sua vida e obra.

O lançamento da iniciativa aconteceu na terça-feira (5), em evento com jornalistas e convidados. E, durante uma transmissão ao vivo no perfil no Instagram da ABL, seguidores puderam enviar perguntas para Machado. Desde ontem (6), qualquer pessoa que passe pela sede da ABL e fizer uma visita guiada pode fazer perguntas para o avatar de Machado de Assis.

Avatar humanizado

Trata-se de um projeto da empresa gaúcha Euvatar Storyliving, que atua no desenvolvimento de experiências e narrativas com o uso de IA. A chamada tecnologia de “avatares humanizados’ conta com funcionalidades avançadas, como reconhecimento de voz, personalização profunda e integração com banco de dados. Batizado de “Euvatar AI”, a ferramenta é descrita como uma “pessoa digital”, com rosto, corpo e voz.

O Estadão teve a oportunidade de fazer uma pergunta para o avatar de Machado. Confira:

Entre as suas obras, qual acha que mais conversa com os dias de hoje?
Todas as minhas obras refletem aspectos atemporais da natureza humana e da sociedade. No entanto, considero que “Memórias Póstumas de Brás Cubas” continua a conversar de forma vívida com os dias de hoje. Este romance aborda não apenas questões filosóficas e existenciais universais, mas também critica satiricamente a sociedade, suas instituições e a hipocrisia humana. A reflexão sobre a mortalidade, o tédio e a visão irônica da vida social e política ainda ressoam em um mundo contemporâneo marcado por questionamentos semelhantes. (Da Redação com Estadão Conteúdo)