Corpo de Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Sesc São Paulo, foi enterrado ontem (30), em São Paulo. Artistas, gestores culturais e frequentadores do Sesc despediram-se de Miranda, que morreu no domingo (29), aos 80 anos. A causa da morte não foi divulgada. O velório foi no Sesc Pompeia.

Nessa função desde 1984, ao longo das últimas quatro décadas Miranda se consolidou como um dos mais importantes gestores culturais da história do País, defendendo a cultura e a educação como centrais no desenvolvimento do cidadão

Após estudar no seminário dos jesuítas de Friburgo (RJ), na adolescência, Miranda foi cursar filosofia e sociologia. Desse período ele se lembrou, falando à Revista E, do Sesc, em abril - quando fez 80 anos -, como “uma infância muito ativa e feliz, uma formação razoavelmente sólida”, que prosseguiu com “uma vida profissional também bastante variada”.

Ao Estadão, Miranda comentou, em maio, os planos de inauguração de 12 novas unidades. “Vamos chegar a um público cada vez maior. Chegar a mais cidades e bairros onde não estamos ainda. E com uma programação viva.”

Ele também destacou o papel da cultura no País: “O Brasil tem condições de melhorar as coisas para o futuro, mas tudo isso envolve política, sim, economia, sim, mas, sobretudo, a cultura e o convencimento a respeito de quem nós somos. E que papel temos nisso? Colaborar na nossa atividade, no nosso dia a dia. Eu, pessoalmente, tenho o privilégio e a responsabilidade de atuar no nível pessoal e institucional para, quem sabe, alcançarmos um futuro menos desigual”. (Da Redação com Estadão Conteúdo)