Cultura
Em ensaios, Bob Dylan reflete sobre a condição humana
O livro "A filosofia da música moderna" será lançado dia 24 no Brasil
O livro “A filosofia da música moderna” conterá as reflexões de Bob Dylan sobre 66 músicas, desde “London calling”, de The Clash, até “Don’t let me be misunderstood”, apresentada por artistas como a cantora e pianista Nina Simone.
Há algumas ausências importantes nos ensaios, como Beatles ou Rolling Stones, da mesma forma que canções em espanhol ou francês ficaram de fora da seleção. Ainda assim, o presidente da editora Simon & Schuster, Jonathan Karp, definiu o trabalho como “uma celebração internacional de canções dos melhores artistas de nosso tempo”. A única canção em outro idioma que não o inglês é a italiana Volare, de Domenico Modugno.
“Este livro só poderia ter sido escrito por Bob Dylan. Sua voz e obra únicas expressam seu profundo apreço e compreensão pelas canções, pelas pessoas que as dão vida e pelo que as canções significam para todos nós”, escreveu Karp no ano passado, quando anunciou a publicação do livro, que estará disponível no Brasil no dia 24 de novembro, em edição da Companhia das Letras, mesma editora responsável pela publicação de outras obras do autor, como Bob Dylan: Letras (1975-2020), em tradução de Caetano W. Galindo.
Meditações
Segundo Karp, o livro fala naturalmente de música, mas vai além. Os textos, afirma, “são realmente meditações e reflexões sobre a condição humana”. Escrevendo sobre “Strangers in the night”, por exemplo, tornada famosa por Frank Sinatra, Dylan descreve como a canção evoca “o lobo solitário, o pária, o estranho, a coruja da noite”.
O livro inclui ainda ensaios de Dylan sobre “Without a song”, também cantada por Frank Sinatra; “Tutti frutti”, de Little Richard; “You don’t know me”, interpretada por Ray Charles; “Black magic woman”, de Carlos Santana; ou “Gypsies”, de Cher. O livro tem 352 páginas e a publicação é da Cia. das Letras. (Da Redação com Estadão Conteúdo)