Buscar no Cruzeiro

Buscar

Cultura

‘Coreografias do impossível’ é tema da Bienal de Arte de SP

Com entrada gratuita, exposição reúne mais de 120 artistas

07 de Setembro de 2023 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Obra de Mounira Al Solth exposta no pavilhão que fica no Parque do Ibirapuera
Obra de Mounira Al Solth exposta no pavilhão que fica no Parque do Ibirapuera (Crédito: ROVENA ROSA / AGÊNCIA BRASIL)

Não há começo e não há fim na Bienal de Arte de São Paulo, evento que começou quarta-feira (6), no prédio da Bienal, no Parque Ibirapuera, na capital paulista. Com tema as “Coreografias do impossível”, a Bienal deste ano propõe ao visitante que se movimente por entre os sons dos ambientes e dos objetos expostos, e que encare o tempo não como uma linha reta ou com destino definido, mas como um círculo de muitos inícios e retornos.

“As coreografias do impossível nos ajudam a perceber que, diariamente, encontramos estratégias que desafiam o impossível, e são essas estratégias e ferramentas para tornar o impossível possível que encontraremos nas obras dos artistas”, explicam os curadores em texto sobre esta edição da mostra.

É embalado por esses sons que permeiam várias salas e andares do prédio da Bienal, que o corpo vai se movimentar por entre 1,1 mil obras em exposição, criadas por 121 artistas, e que exploram os sentidos e discutem sobre as urgências do mundo.

“O som está sempre ligado ao movimento. Mas acho que, acima de tudo, uma das grandes bases do nosso pensamento é que a música é criada através do movimento no espaço. Ou seja, a forma como nós ritmamos e como atravessamos o espaço e o tempo é que cria a música”, explica Grada Kilomba, uma das curadoras da Bienal deste ano.

Grada ressalta que até mesmo a disposição dos objetos no espaço expositivo cria ritmos para essas coreografias que pretendem enfrentar as impossibilidades do mundo. “Nesse espaço da Bienal onde estamos, o som também está presente na coreografia dos objetos que estão suspensos no ar. Eles têm um ritmo para serem vistos, que são vistos em seguida e, depois, há uma pausa e, depois, há um crescendo, e a música aparece, mesmo sem ser audível. Isso para nós foi um conceito extremamente importante na expografia”, ressaltou.

A 35ª Bienal de São Paulo acontece no Pavilhão Ciccillo Matarazzo - prédio da Bienal -, no Parque Ibirapuera, até o dia 10 de dezembro. O evento também prevê uma programação pública, que inclui apresentações musicais, ativações de obras, performances, encontros com artistas e mesas de discussão. A entrada é gratuita.

Outras informações sobre a mostra podem ser obtidas no site da Bienal https://bienal.org.br/. (Da Redação com Agência Brasil)