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Cultura

‘Maria da Luz’ entra em cartaz sexta (14), no Sesi Itapetininga

Musical infantil, que trabalha com realidade fantástica, tem entrada gratuita

10 de Julho de 2023 às 23:01
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Máscaras são um dos elementos cênicos usados para transportar o espectador ao vilarejo Tokonar
Máscaras são um dos elementos cênicos usados para transportar o espectador ao vilarejo Tokonar (Crédito: MARCEL VECCHIA / DIVULGAÇÃO)

Com enredo misturando realismo fantástico, o musical infantil “Maria da Luz” inicia temporada no Sesi Itapetininga nesta sexta-feira (14). Na história, todo o vilarejo é coberto por uma dura escuridão. E o remédio para o povo sair do breu está no apoio de uma menina que emana luz pelos olhos. Com entrada gratuita, o espetáculo fica em cartaz até dia 22 com exibições sempre às sextas-feiras e sábados às 15h. A montagem da peça é da Cia. dos Náufragos, de Campinas (SP). A entrada é franca, com reserva pelo site https://itapetininga.sesisp.org.br/.

Para conhecer a narrativa, o espectador precisará viajar até um vilarejo longínquo chamado Tokonar. Nesse local de escuridão, isolado entre as montanhas das cordilheiras, nasce uma menina com um dom muito peculiar: o de emanar luz pelos olhos. Com a falta de iluminação e o desarranjo de uma promessa de eletricidade, somente a luz de uma criança é a esperança para a sobrevivência da comunidade.

O musical infantil Maria da Luz nasceu do fascínio do grupo pelo livro homônimo assinado pelo autor e multiartista uruguaio Rafael Curci, com ilustrações de Ana Muriel. Por sinal, a obra integra a coletânea “As três Marias”, uma trilogia de contos breves situados em diferentes povoados da América Latina.

Criação coletiva

Para Moacir Ferraz (Boa Companhia | SP), o diretor da montagem, o encontro foi amor à primeira leitura. “De cara, dois temas que vimos no texto original nos chamaram a atenção: o nascimento de uma criança como força renovadora da vida e o embate entre um modo de viver mais simples, em comunhão com a natureza, versus a versão moderna de existência baseada no modelo de consumo capitalista”, destaca o diretor. E ele conta que foi uma criação coletiva.

Espetáculo também terá música ao vivo e teatro de bonecas - MARCEL VECCHIA / DIVULGAÇÃO
Espetáculo também terá música ao vivo e teatro de bonecas (crédito: MARCEL VECCHIA / DIVULGAÇÃO)

Como trazer Maria da Luz à luz dos holofotes? A resposta é está na multilinguagem cênica, composta de música, máscara e teatro de bonecos, outra marca da Cia. dos Náufragos. Tudo isso, conta Ferrz, elaborado de forma coletiva durante os ensaios, que contaram com exercícios de imaginação, improvisação e criação.

Os destaques são os atores-músicos Cristiane Taguchi, Esteban Alvarez, Miguel Damha e Renan Villela, que dão vida a oito personagens fantásticos e misteriosos.

Contemplada pelo Programa de Ação Cultural do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria da Cultura e Economia Criativa (ProAC) e pelo Edital de Chamamento Sesi Viagem Teatral Montagem de Espetáculos Inéditos, do Sesi-SP, a temporada de Maria da Luz também passará, até outubro de 2023, por Itatiba, São José dos Campos, Cordeirópolis e Caieiras.

Máscaras

Construídas pelo artista Lu Antunes, de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, as máscaras do espetáculo são o passaporte para o universo fabuloso. “A máscara é um instrumento ancestral ligado às origens do próprio teatro. No caso de nossa peça, ela auxilia a trazer o elemento fantástico que ronda o vilarejo de Tokonar, pois os habitantes não são pessoas comuns”, conta o ator Miguel Damha.

Já a trilha sonora original, assinada pelo trio Esteban Alvarez, Renan Villela e Bruno Cabral, é executada ao vivo a partir da sonoridade de inúmeros instrumentos, entre os quais o charango (pequeno instrumento de cordas andino), que se torna fio condutor da narrativa. “A cultura andina é uma grande influência para o espetáculo. Além de inspirar a música, ela permeou a costura dos figurinos, que recriam os trajes tradicionais dos povos andinos, e a construção dos cenários, que contam com estruturas dinâmicas e luminosas”, destaca a atriz Cristiane Taguchi. (Da Redação)

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