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Operação fiscaliza vendas de ingressos para shows de Taylor Swift

O objetivo da ação Ingresso Limpo é combater a atuação de cambistas; a Polícia Civil abordou 300 pessoas e levou 25 para a delegacia

20 de Junho de 2023 às 11:05
Cruzeiro do Sul [email protected]
A Operação Ingressos Limpo visa combater a atuação de cambistas na fila de vendas de ingressos para o show da cantora Taylor Swift
A Operação Ingressos Limpo visa combater a atuação de cambistas na fila de vendas de ingressos para o show da cantora Taylor Swift (Crédito: Reprodução/Instagram/Taylor Swift)

A Polícia Civil do Estado de São Paulo, junto à Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP), realizou a Operação Ingresso Limpo, nesta segunda-feira (19), para combater a atuação de cambistas na fila de vendas de ingressos para os shows da cantora Taylor Swift, no Allianz Parque, na capital paulista.

O Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) abordou 300 pessoas e 25 suspeitos foram levados à 1ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Infrações contra o Consumidor (DIICC), onde foram ouvidos e liberados. Foram apreendidos, também, 20 cartões bancários e uma maquininha. A ação contou com a participação de 50 policiais civis e emprego de 25 viaturas.

O Procon-SP informou que já está emitindo notificações à empresa organizadora dos shows da cantora, que serão realizados em novembro no Rio de Janeiro e em São Paulo. A medida é um dos instrumentos administrativos quando os consumidores registram reclamações.

A partir da notificação, a empresa organizadora tem prazo para apresentar explicações e, nos casos pertinentes, adotar medidas que solucionem os problemas apontados, de acordo com as regras do Código de Defesa do Consumidor.

“De acordo com análise preliminar das reclamações de consumidores registradas no site do órgão de defesa do consumidor, os ingressos, cuja venda começou nesta segunda-feira (12), teriam se esgotado em poucas horas nos canais oficiais, mas estariam sendo anunciados e vendidos em sites não-oficiais a preços muito maiores”, diz nota do órgão.

O Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) instaurou, na última quarta-feira (14), inquérito para apurar relatos de eventuais práticas abusivas ao consumidor adotadas pela empresa que vende ingressos para shows da cantora no Brasil.

De acordo com o órgão, o procedimento tem base em notícia de fato dando conta de que os serviços prestados pela companhia em relação às apresentações da artista apresentam diversas irregularidades consistentes em falhas ou ausência de medidas eficazes para o combate à atuação de cambistas, tanto no ponto de vendas físico, quanto no âmbito digital. Segundo relatos, a empresa permitiu o uso da tecnologia de robôs para aquisição dos ingressos.

“Consta, ainda, que o sistema de venda adotado pela noticiada possibilita a transferência rápida e barata da titularidade do ingresso adquirido, o que propicia a venda de tickets em canais não oficiais e a preços exorbitantes”, diz a promotora Maria Stella Camargo Milani na portaria de instauração. A empresa tem prazo de 15 dias para esclarecer os fatos narrados. (Agência Brasil)