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Cultura

Matheus Pezzotta revisita ancestralidade em novo EP

O trabalho, tendo como ponto de referência o Quilombo do Carmo, apresenta o violão como o condutor da narrativa

24 de Maio de 2023 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Natural de São Roque, Matheus tem o Quilombo do Carmo como um dos pontos de referência
Natural de São Roque, Matheus tem o Quilombo do Carmo como um dos pontos de referência (Crédito: DIVULGAÇÃO)

O músico Matheus Pezzotta lançou neste mês o EP “Descendente”. Disponível nas principais plataformas de streaming musicais, o álbum apresenta quatro trabalhos do compositor, nascido em São Roque. Segundo o cantor, este é um convite para reverenciar a ancestralidade e a força das matrizes africanas na cultura local.

O trabalho, tendo como ponto de referência o Quilombo do Carmo -- comunidade tradicional localizada na cidade de São Roque, desde o início do século 18 -- apresenta o violão como o condutor da narrativa. Matheus Pezzotta canta, evoca outras vozes e entoa letras que, segundo ele, são marcadas por signos de luta e festa.

A gravação contou com a participação do músico e pesquisador referência em Culturas Negras, Salloma Salomão. As cantoras Marina Rosa e Selma Fernands, junto aos vocais de Edson D’aísa e João Bid, sustentam os coros. Na percussão, Manu Neto. Adriano Sambatti, no contrabaixo. Alaécio Martins, no trombone. Clarinete e sax tenor, por Paulo Mantovani. Outro destaque é a participação especial do percussionista João Mário, que trouxe o bumbo tradicional Cangussú, da comunidade Cururuquara, na faixa “Terras Paulistas”.

O designer gráfico da capa é de autoria de Henrique Picolo. O material foi gravado e finalizado no Estúdio JCP, do produtor musical Julio Paz, em Sorocaba.

“Fico muito feliz com a sonoridade deste trabalho. É o resultado de um processo identitário que venho vivendo enquanto filho, enquanto músico, enquanto compositor. É a sonoridade de muita gente. Um som gerado a partir de muitas vozes, muitas pessoas. Um som em que me reconheço. É o som do chão do jardim da minha avó”, resume Matheus Pezzotta. (Da Redação)