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Cultura

Peça ‘Vozes da floresta’ narra memórias de Chico Mendes

História e luta do ativista são apresentadas pela atriz Lucélia Santos

23 de Março de 2023 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Espetáculo estará em cartaz nos dias 31 de março e 1º de abril, no Sesc Sorocaba
Espetáculo estará em cartaz nos dias 31 de março e 1º de abril, no Sesc Sorocaba (Crédito: RAFAEL MOLLICA / DIVULGAÇÃO)

Organizada em três atos, “Vozes da floresta” será apresentada em Sorocaba nos dias 31 de março e 1º de abril. Estrelada por Lucélia Santos, a peça narra memórias de Chico Mendes, seringueiro, sindicalista e ativista político brasileiro. Mendes é símbolo do movimento de resistência dos seringueiros acreanos contra invasão de exploradores vindos de outras partes do País. Os ingressos estão à venda e custam de R$ 10 a R$ 30.

A história é contada a partir de áudios originais e inéditos de Chico Mendes, gravados e preservados pela atriz por mais de três décadas, a peça, criada especialmente para a interpretação de Lucélia, destaca o protagonismo feminino na luta contra a destruição das florestas do Acre, desde a chegada dos “paulistas” (todo invasor vindo da região Sul, segundo os seringueiros), nos anos 1970, até o assassinato de Chico Mendes, em 22 de dezembro de 1988.

Nascida e criada no Seringal Carmen, localizado entre os municípios de Assis Brasil e Brasiléia, a seringueira Valdiza Alencar conduz a primeira parte da trama. Seu diálogo, por certo imaginário, com um jagunço, contratado para desmatar a floresta, expõe a face aguda do conflito agrário, instalado pelo latifúndio no extremo oeste da Amazônia brasileira. Sua persistência em resistir contra a derrubada da floresta onde vivia e trabalhava, serviu e serve de exemplo para as gerações presentes e futuras.

Dona Cecília Mendes, tia de Chico Mendes e, em vida, matriarca do Seringal Cachoeira, secularmente ocupado pela família Mendes, traz, no segundo ato, o lado humano do líder seringueiro, suas histórias de vida, suas crenças de ser humano criado entre mitos e lendas, seu compromisso inarredável com a manutenção da vida na floresta, suas convicções políticas, sua militância e, de forma sucinta e forte, o registro do Empate do Cachoeira, o último dos grandes empates realizados no Acre com a presença física de Chico Mendes.

Por fim, no terceiro ato, entremeando suas próprias falas com os áudios que gravou com Chico Mendes, no Acre, meses antes de sua morte, Lucélia Santos fecha a trama representando a si mesma, em sua resiliente jornada de resistência. Contundente, Lucélia coloca toda a força de sua voz em defesa da memória e ideais de Chico Mendes.

As apresentações acontecem nos dias 31/3 e 1/4, sexta e sábado, às 20h. Classificação 12 anos. Lugares limitados. Vendas já disponíveis no site www.sescsp.org.br/unidades/sorocaba/

Os valores dos ingressos são R$ 10 (credencial plena), R$ 15 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, estudante e servidor de escola pública com comprovante) e R$ 30 (inteira). O Sesc Sorocaba fica na rua Barão de Piratininga, Jardim Faculdade.

A dramaturgia é de Zezé Weiss, com concepção e atuação de Lucélia Santos. Ator convidado Francisco Carvalho. Direção Musical de Leandro Braga. Cenografia e Figurinos de Kleber Montanheiro. Iluminação de Adriana Ortiz. (Da Redação)

SERVIÇO

Vozes da Floresta
Dias 31/3 e 1/4 - Sexta e sábado, às 20h.
Lugares limitados. 12 anos.
R$ 30 | R$ 15 | R$ 10
Sesc Sorocaba