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Cultura

Escolas levam histórias reais e imaginadas para a Sapucaí

Carnaval do Rio de Janeiro recebeu escolas no segundo dia de desfile

20 de Fevereiro de 2023 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Membros da Paraíso do Tuiuti, que entrou na avenida às 22h
Membros da Paraíso do Tuiuti, que entrou na avenida às 22h (Crédito: CARL DE SOUZA / AFP)

A segunda noite de desfiles da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, ontem (20) levou histórias reais e imaginadas nos enredos das escolas de samba do Grupo Especial, com fábulas delirantes, historiografia e casos difíceis de acreditar. Os desfiles começaram com a curiosa chegada dos búfalos à Ilha de Marajó, contada pela Paraíso do Tuiuti, que entrou na avenida às 22h. Também desfilaram Portela, Vila Isabel, Imperatriz, Beija-Flor e Viradouro

O desfile de 2023 marcar o centenário da Portela, a maior campeã da história do Carnaval do Rio de Janeiro. A escola azul e branco de Madureira visitou a própria história com figuras marcantes: a porta-bandeira Tia Dodô; o bicheiro e patrono Natal da Portela, e os cantores e compositores David Corrêa e Monarco.

Também azul e branca, a Vila Isabel falou das festas religiosas de diversas crenças, destacando não apenas a espiritualidade, mas a diversão que elas promovem.

A literatura de cordel é a grande inspiração da Imperatriz Leopoldinense para imaginar a chegada de Lampião à vida após a morte. Céu? Inferno? A Imperatriz contou que o cangaceiro não conseguiu abrigo em nenhum dos dois e voltou à Terra. A história fantástica é uma adaptação de cordéis de José Pacheco, Guaipuan Vieira, Rodolfo Coelho Cavalcante e Moreira de Acopiara.

Depois da jornada de Lampião após a morte, a Beija-Flor entrou na avenida falando de eventos históricos reais, mas nem sempre lembrados. A escola de Nilópolis conta em seu enredo a “verdadeira independência do Brasil”, em 2 de julho de 1823, quando soldados brasileiros derrotaram tropas portuguesas que ainda estavam na Bahia, mesmo após o grito de Dom Pedro I às margens do Ipiranga.

Os desfiles do grupo especial terminaram com uma homenagem da Viradouro a uma personagem pouco conhecida da história brasileira, Rosa Maria Egipcíaca, uma mulher africana nascida no Benin e escravizada no Brasil, onde viveu uma vida marcada também por visões, profecias e fé. (Da Redação com Agência Brasil)