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Canal 1

Assim como no futebol a TV também precisa voltar a ser mais brasileira

Flávio Ricco, com colaboração de José Carlos Nery

16 de Dezembro de 2022 às 07:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
A equipe do
A equipe do "MasterChef", da Band: formato é representado internacionalmente pela Banijay (Crédito: DIVULGAÇÃO)

A TV, aqui no Brasil, independentemente de prefixo ou nome, precisa despertar para uma nova realidade e começar a abandonar, aos poucos, essa enganosa zona de conforto.

A insistência com a “formatodependência” daquilo que vem pronto de fora a custos muitas vezes absurdos, já é a maior das roubadas. A diferença no valor da moeda tem tornado essas transações ainda mais inviáveis e arriscadas. Por que continuar desta forma?

Passou da hora de fazer voltar, porque foi assim no passado e sempre deu muito certo, uma televisão que mais se aproxime dos nossos modos e costumes.

Trabalhar com criatividade e no desenvolvimento de formatos próprios, considerando a possibilidade de estabelecer parcerias com as tantas produtoras dispostas a encarar o mesmo desafio, é - e será - o melhor dos caminhos.

Talvez o único viável e responsável. Aquele que irá oferecer trabalhos e, com certeza, conteúdos muito bons e impactem o mercado, sem o risco de balançar ou inviabilizar os cofres de ninguém. E muito provavelmente até, ganhar com eles. Por que não tentar? É preguiça ou medo de errar?

 

Tempo e espaço

Em linhas gerais, o que se observa é que um enorme empecilho veio se estabelecer, quando há a tentativa de criar um novo conteúdo. Hoje, os que estão à frente de tudo, aqueles que decidem, querem ter a certeza do dinheiro antes, para fazer depois. E como ninguém compra o que ainda não existe, nada é feito. Impasse. E para sair disso?

Modelo de trabalho

Devido à implantação de um novo modelo de trabalho, a Globo deixou de renovar por prazo longo uma grande quantidade de contratos. Optou pelo compromisso por obra. E assim viu muitos do seu cast migrarem para outras plataformas ou simplesmente deixarem de atender seus convites.

A novela das sete

Sheron Menezzes como Sol, protagonista de "Vai na Fé" - DIVULGAÇÃO
Sheron Menezzes como Sol, protagonista de "Vai na Fé" (crédito: DIVULGAÇÃO)

Só para se ter uma ideia, vários nomes foram pensados para o principal papel de “Vai na Fé”, da Globo, mas não houve acordo. Vai daí que Sheron Menezzes, ao concluir um trabalho na Netflix, “Maldivas”, fez testes para disputar a personagem Sol. Será a sua primeira protagonista, em 20 anos de carreira. É uma aposta da casa.

Férias do Bial

A Globo exibe nesta sexta-feira o último programa da temporada 2022 do “Conversa com Bial”. Que traz um reencontro histórico: Bial reúne Sullivan & Massadas, autores dos maiores hits dos anos 1980. No bate papo musical a dupla vai relembrar histórias e canções como “Whisky a Go-Go”, “Lua de Cristal” e “Amor Perfeito”. Ano que vem, além do “Conversa”, o apresentador estará à frente do “Linha Direta”.

Todas as atenções

O “Fantástico”, da Globo, vai completar 50 anos de exibição em agosto do próximo ano. O calendário, com uma série de festividades e surpresas, será disparado em março, incluindo-se por aí remodelagens no visual, parte editorial e, talvez até, na forma de se apresentar. Em seus primeiros anos de existência, lá no comecinho mesmo, o “Fantástico” de domingo na Globo, começava a ser pensado na segunda-feira anterior a exibição. Equipes do Boni e de Walter Clark se reuniam, no Rio e as vezes também em São Paulo, para definir as atrações da semana. Essas equipes eram compostas por conhecidos jornalistas, escritores e músicos.

Mas tinha isso

Em uma dessas vezes, foi decidido gravar um concerto com o maestro Eleazar de Carvalho na igreja da Consolação. A direção dos trabalhos foi entregue ao Augusto César Vannucci, que alugou o caminhão de externas da TV Gazeta. A Globo não tinha maiores recursos em São Paulo. Foi uma operação de guerra. A semana inteira de trabalhos intensos e gravação na manhã de sábado. Na exibição, domingo, foram pouco mais de dois minutos no ar.

Suspense

Havia a expectativa de que, ainda durante a realização da Copa do Catar, a FIFA apresentasse novidades sobre o mundial de clubes. Mas não, pelo menos até agora, considerando que a final será no domingo. Tem dois dias ainda.

Diante disso

Tudo em torno do Mundial de Clubes, que terá como atrações o nosso Flamengo e o Real Madrid, entre outros, deve acontecer em fevereiro. No mais, muita especulação, inclusive sobre data e local. Alguns cravam Miami, outros um dos países do Oriente Médio.

Andar da carruagem

Na parte que cabe à televisão, a Band, que transmitiu o Mundial passado, oficialmente está fora do páreo. Chance zero. A Globo, claro, já se coloca como principal interessada. Até agora existem cobranças e algum inconformismo por ter perdido a última, realizada nos Emirados Árabes Unidos, em fevereiro passado.

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