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Portas Tour

Marisa Monte se apresenta pela 1ª vez em Sorocaba na turnê 'Portas'

O show será neste sábado (10), às 20h, no Recreativo Campestre

08 de Dezembro de 2022 às 17:42
Wilma Antunes [email protected]
Marisa Monte se apresenta pela primeira vez em Sorocaba na turnê 'Portas'
Marisa Monte se apresenta pela primeira vez em Sorocaba na turnê 'Portas' (Crédito: Divulgação/Turnê Portas)

A voz inconfundível de Marisa Monte envolverá os fãs de Sorocaba no “Portas Tour”. O show da artista de renome está agendado este sábado (10), às 20h, no Recreativo Campestre. Esta é a primeira vez, em 37 anos de carreira, que a cantora se apresenta na cidade. E as portas estão abertas para que ela revele o seu infinito particular, repleto de músicas produzidas em diversos momentos de sua carreira.

Nascida no Rio de Janeiro, no dia 1º de julho de 1967, Marisa desde cedo demonstrou interesse por música. Aos 18 anos, foi morar em Roma para se dedicar aos estudos de canto lírico. Depois, aos 20 anos, fez a sua primeira apresentação no Jazzmania, no Rio de Janeiro. Na época, a repercussão foi enorme e a cantora foi considerada uma nova sensação na música popular brasileira.

Em 1989, Marisa se apresentava no Teatro Villa Lobos e gravava ao vivo um especial de TV, exibido pela TV Manchete no final do ano, antes mesmo de “MM”, seu primeiro, disco ser lançado. Após dois anos, a cantora continuava na estrada e lançava o seu segundo álbum, o “Mais”, com suas primeiras parcerias com Nando Reis e Arnaldo Antunes.

Em 1994, era lançado o álbum “Verde, Anil, Amarelo, Cor de Rosa e Carvão”, o terceiro de sua carreira, com participações especiais de Gilberto Gil, Laurie Anderson Philip Glass, Velha Guarda da Portela, conjunto Época de Ouro e Carlinhos Brown. Já em 1996, foi produzido o “Barulhinho Bom, Uma Viagem Musical”, em parceria com Arto Lindsay.

Marisa lançou, em 2000, o disco “Memórias, Crônicas e Declarações de Amor”, em um estilo totalmente seu, pelo Phonomotor, o próprio Selo Musical da cantora. Em 2002, foi a vez dos “Tribalistas”, lançado por Marisa, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown. O sucesso do CD foi nacional e internacional com uma coleção de hits, como “Já Sei Namorar” e “Velha Infância”.

Em 2006, foram lançados outros dois projetos: “Universo Ao Meu Redor” e “Infinito Particular“ com músicas com Carlinhos Brown, Arnaldo Antunes, Nando Reis, Adriana Calcanhotto, Marcelo Yuka e Seu Jorge.

Já no ano de 2011, Marisa produziu o álbum “O Que Você Quer Saber de Verdade”, com co-produção do instrumentista Dadi. O álbum seguinte só seria laçado após um hiato de seis anos. Assim, em 2017, Marisa, Arnaldo e Carlinhos voltaram a se reunir em um disco autoral dos Tribalistas. O grupo realizou uma turnê nacional e internacional no ano seguinte, lançando também o álbum “Tribalistas Ao Vivo”, em 2018.

Em 2020, no início da pandemia de Covid-19, a artista deu vida ao projeto Cinephobia, com 30 canções que fizeram parte de trilhas sonoras de seus registros audiovisuais. “Portas” é o mais recente álbum solo de Marisa Monte, gravado durante a crise sanitária, em 2021, com bases feitas em estúdio no Rio de Janeiro.

Em meio a esse texto, foram citados os nomes de diversas canções que fazem parte do repertório da turnê que passará por Sorocaba. Ao todo, a artista cantará 31 músicas em um show com aproximadamente 2h de duração.

A grande noite

Marisa Monte disse ao Cruzeiro do Sul que está empolgada para “desbravar novos territórios”. No palco do Recreativo, subirá a banda formada por Dadi (baixo, teclado e guitarra), Davi Moraes (guitarras), Pupillo (bateria), Pretinho da Serrinha (percussão, cavaquinho e voz), Chico Brown (teclado, guitarra, baixo e voz), Antonio Neves (trombone, adaptações e arranjos de metais), Eduardo Santanna (trompete e flugelhorn) e Lessa (flauta e sax).

“Estou muito feliz de ir a Sorocaba pela primeira vez. O show terá canções de todas as fases da minha carreira, desde música santigas do primeiro disco até músicas do ‘Portas’”, afirmou a cantora. Ela contou que a gravação do último álbum foi um desafio. Por conta da pandemia, a equipe de produção optou por um método de produção misto, alternando as gravações presenciais no Rio de Janeiro com gravações remotas em Lisboa, Madri, Barcelona, Nova Iorque e Los Angeles.

“A tecnologia nos possibilitou experimentar formas de relacionamento que não teríamos tentado se não fosse pela necessidade e deu muito certo. Nesse sentido, a conectividade digital do mundo contemporâneo foi libertadora. Portas acabou sendo um álbum que fiz com mais colaborações internacionais, em mais cidades diferentes, sem sair do Rio e sem perder o calor nem o espírito coletivo”, destacou a artista.

Por fim, Marisa frisou que sua expressão artística é uma forma de dialogar com o mundo, com suas referências e com as pessoas.

“É um caldeirão sonoro que se mistura criando uma combinação única e pessoal, fruto da minha experiência de vida. ‘Portas’ é um disco que celebra o coletivo na arte e na vida com formato de produção ao vivo no estúdio, com dinâmica própria, intensidade e alívio da respiração humana”, concluiu. (Wilma Antunes)