Cinema
O inovador 'Avatar' volta às telas após 13 anos
A volta de Avatar em versão 4K não é apenas um aceno aos nostálgicos: faz parte de uma estratégia de marketing

Para "esquentar" a estreia de Avatar: o Caminho das Águas, que chega aos cinemas em dezembro, Avatar, o primeiro filme da série, reestreia na quinta-feira (22), inclusive em cinemas de Sorocaba. A volta de Avatar, em versão 4K, não é apenas um aceno aos nostálgicos. Faz parte de uma estratégia de marketing. Neste caso, apoiada em bases sólidas. Quando lançado, em 2009, Avatar fez grande sucesso e não apenas de público. Boa parte da crítica considerou o blockbuster de James Cameron algo pelo menos inusitado. Um ponto fora da curva no mapa rotineiro dos arrasa-quarteirão, em geral cheios de efeitos especiais, muita ação, nenhuma reflexão, poucas nuances e muita previsibilidade.
Avatar é de outra ordem. Para começar, parte de um desejo pessoal do diretor. Ou ao menos assim reza a lenda. Cameron conta que sonhou com a história e queria transformar essa visão em filme. Era Pandora, um planeta, ou melhor, uma lua imaginária, na qual os habitantes viveriam em perfeita harmonia com a natureza.
Já em 1995 ele escreveu um roteiro, contendo já os personagens, o ambiente, a flora, a fauna e os humanoides que lá habitavam. No entanto, precisava de recursos, tanto financeiros como tecnológicos, para colocar essa ideia em prática. E ambos chegaram em 2005 com a apurada tecnologia IMAX 3D e os milhões da 20th Century Studios. Os efeitos especiais se aprimoraram no período e permitiram a experiência imersiva num mundo de fantasia habitado por um povo humanoide, uma flora bizarra e animais fantásticos e ferozes. Essa experiência era propiciada pelo 3D estereoscópico e seu inédito grau de profundidade e ilusão do real.
RENTÁVEL
Em termos de resposta do público, foi uma avalanche. Avatar tornou-se um dos filmes mais rentáveis da história do cinema, talvez o mais rentável. De acordo com o portal IMDB, custou US$ 237 milhões e teve arrecadação mundial bruta de US$ 2,8 bilhões. Sim: bilhões de dólares. Só no Brasil, levou cerca de 9,150 milhões de pessoas aos cinemas, em números do portal Filme B.
Já o desempenho no Oscar 2010 foi bem menos espetacular. Embora indicado em nove categorias, o filme venceu em apenas três, todas técnicas: fotografia, design de produção e efeitos visuais. Perdeu ou esteve ausente nas categorias chamadas "artísticas", como melhor filme, direção, roteiro e elenco.
(Estadão Conteúdo)