A DAN Galeria, tradicional espaço dedicado à exposições e artes de São Paulo, com mais de 50 anos de existência, está nos detalhes finais de sua expansão. O novo espaço tem o propósito de atender toda a região metropolitana, carinhosamente chamado de Sorocaba/Votorantim, já que será instalado no Bandeiras Centro Empresarial, em Votorantim.

E para abrir oficialmente, a partir de 30 de novembro, a DAN terá uma exposição dedicada a Franz Weissmann. Serão expostas 15 esculturas de médio e grande formato. Essas obras já estiveram em exposições importantes sobre o artista. Muitas dessas, inclusive, foram realizadas quando Franz Weissmann ainda estava vivo.

“O processo criativo dele não era feito a partir de um desenho, de uma abstração. Ele trabalhava na elaboração das esculturas, com os materiais mais variados, numa construção tridimensional”, explica Ulisses Cohn, um dos idealizadores do novo espaço. A exposição vai até o final de fevereiro.

O novo espaço

Ulisses explica que a necessidade de expansão e a logística fez com que a galeria escolhesse o local, em Votorantim. O potencial da região também ajudou. “A ideia é ficar e desenvolver um relacionamento sólido, constante e de longo prazo”, diz. A presidente do Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba (Macs), Cristina Delanhesi, será a diretora da galeria. “Ela tem o conhecimento que a gente precisa e sabe bem como esse mundo -- das artes -- funciona”, elogia Ulisses.

“Temos a intenção de fortalecer um vínculo com a região, em todos os sentidos”, comenta. O empreendimento será aberto tanto para visitação, quanto para venda das obras. “A galeria tem um perfil de quase 50 anos de trabalho. É uma galeria que vai se desenvolvendo no tempo e vai acompanhando o percurso histórico da arte, dentro do País e com os artistas.”

Ainda conforme Ulisses, o trabalho é constante na busca e na agregação de novos artistas. “Ela -- a galeria -- tem um trabalho de estar com um pé na tradição, no sentido de estar baseada e calcada em artistas históricos, consolidados e importantes da arte brasileira, mas está sempre pensando em uma renovação, trazendo novos artistas ao escopo de trabalho da galeria”, comenta.

“Esse perfil, esse caráter, ele permanece não só em São Paulo, mas em todas as atividades que a gente faz e estará presente em Votorantim/Sorocaba”, garante. “Não estamos mudando a nossa personalidade, mas trazendo a nossa personalidade para cá, expandindo, com certeza, o relacionamento com a sociedade local”, comenta.

A expetativa é que em breve artistas da região poderão participar da Dan. Cristina Delanhesi conta que alguns locais deverão ser visitados no ano que vem. “Provavelmente, essas visitas não serão somente em Sorocaba e Votorantim, mas em toda a região metropolitana”, comenta.

“A arte existe em toda a parte. E a gente vê claramente e tem a sensação de que existe um público e demanda em toda a parte. E a gente tem percebido esse movimento. Achamos que um passo, próspero, para fazer isso, seria Sorocaba/Votorantim, que tem um público muito grande e dinâmico”. comenta o fundador da DAN, Peter Cohn, por telefone. “A intenção é estar mais perto da região”, conclui.

50 anos de tradição

A DAN, de Desenvolvimento da Arte Nacional, é uma galeria fundada em 1972, em São Paulo, por Gláucia e Peter Cohn. Segundo a empresa, o objetivo foi o de desenvolver a arte brasileira e seu mercado. Nos primeiros anos de atividade, a galeria concentrou-se exclusivamente na arte moderna brasileira, apresentando obras de importantes artistas do movimento modernista de 1920, como Di Cavalcanti, Antonio Gomide, Ismael Nery, Tarsila do Amaral entre outros.

Aos poucos, artistas como Alfredo Volpi, Cicero Dias, Antônio Bandeira e Yolanda Mohalyi foram incorporados na galeria. Em 1985, Flávio Cohn, filho do casal fundador, juntou-se à galeria criando o departamento de arte contemporânea, que ele dirige desde então. Posteriormente, Ulisses Cohn também se associa à galeria completando o quadro de direção.

Ulisses Cohn e Cristina Delanhesi estiveram na Fundação Ubaldino do Amaral (FUA) para revelar a novidade. Na FUA, foram recibos por Reinaldo Morato do Amaral, e Ricardo Benitez Martins membros do Conselho de Administração da FUA, e César Augusto Ferraz do Santos, presidente do Conselho de Administração. (Da Redação)