Cultura
Frestas ocupa espaços públicos da cidade
Instalações e pinturas podem ser vistas, gratuitamente e sem agendamento, em três pontos diferentes
A 3ª edição de Frestas -- Trienal de Artes, no Sesc Sorocaba, prossegue em cartaz até 30 de janeiro de 2022 e extrapola os limites territoriais da unidade com obras expostas em espaços públicos da cidade, que podem ser visitadas gratuitamente, sem necessidade de agendamento prévio. A ação foi possível graças a parcerias com o poder municipal.
A intervenção em espaços públicos é uma marca da trienal realizada pelo Sesc desde sua primeira edição, em 2014. Nesta, que leva o título “O rio é uma serpente”, com curadoria de Beatriz Lemos, Diane Lima e Thiago de Paula Souza, há obras na avenida Arthur Fonseca, no Jardim Faculdade, atrás do Sesc Sorocaba; na avenida Comendador Pereira Inácio, esquina com a rua Cônego Januário Barbosa, no Jardim Vergueiro; e no Parque da Biquinha, no Jardim Emília.
Espaço e natureza
Já o parque ecológico municipal “Zila Sisternas Fiorenzo”, popularmente conhecido como “Parque da Biquinha”, abriga duas obras concebidas para dialogar com as pessoas em meio à natureza.
A instalação “Esculturas para bailar merengue”, do artista Engel Leonardo Baní, da República Dominicana, é composta por três peças que evocam a cromaticidade e as formas das cenografias típicas da era dourada do merengue caribenho na década de 1980. O conjunto escultórico conta ainda com um sistema de áudio que reproduz canções que remetem a distintos momentos dessa historicidade sonora.
O Parque da Biquinha também recebe a instalação inédita “Labirinto”, assinada pela artista goiana Sallisa Rosa em parceria com o coletivo paulistano Sucata Quântica. Encravada em meio ao parque, a instalação feita de elementos orgânicos e sucata convida o público a realizar uma travessia em que interessa menos onde se chega e mais como se atravessa.
O Parque da Biquinha fica na avenida Comendador Pereira Inácio, nº 1.112, Jardim Emília, e funciona de terça a domingo, das 8h às 17h.
Asfalto e outdoor
Uma das obras de grande repercussão é, certamente, a maior em dimensões: “Pavimento nº 1”, da artista Jota Mombaça, de Natal (RN), consiste numa pintura de grande extensão sobre a avenida Arthur Fonseca. Letras vermelhas que preenchem toda a largura da via formam a frase “A fuga só acontece porque é impossível”, ocupando mais de cem metros de asfalto.
O Zumvi Arquivo Afro Fotográfico, idealizado em 1990 por Lázaro Roberto, Ademar Marques e Raimundo Monteiro, três jovens negros da periferia de Salvador, ocupa um outdoor na avenida Comendador Pereira Inácio, esquina com rua Cônego Januário Barbosa, com a ampliação da fotografia “Protesto do Movimento Negro contra o Centenário da Abolição no Brasil”, de Lázaro Roberto. O Zumvi também conta com um conjunto de fotos no espaço expositivo de Frestas, dentro do Sesc Sorocaba.
Na unidade
Além dos trabalhos em espaços públicos, a exposição de Frestas apresenta a maior parte das obras dos 53 artistas e coletivos participantes em uma área de 1.300 metros quadrados na unidade de Sorocaba, situada à rua Barão de Piratininga, 555, Jardim Faculdade. Para visitar a mostra no Sesc é necessário realizar agendamento antecipado e gratuito em https://frestas.sescsp.org.br/. (Da Redação)
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