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Cultura

‘Ocupação Paulo Freire’ celebra centenário de educador brasileiro

Nascido no dia 19 de setembro, no Recife, ele está sendo homenageado em seu centenário com debates sobre seu legado

19 de Setembro de 2021 às 00:01
Da Redação com Estadão Conteúdo [email protected]
Itaú Cultural abre hoje exposição com a obra e a vida de Freire.
Itaú Cultural abre hoje exposição com a obra e a vida de Freire. (Crédito: DIVULGAÇÃO)

Paulo Freire (1921-1997) foi um dos mais renomados educadores brasileiros e sua obra é referência ainda hoje no Brasil e no mundo. Nascido no dia 19 de setembro, no Recife, ele está sendo homenageado em seu centenário com debates sobre a atualidade de seu pensamento e sobre seu legado. Em São Paulo, o Itaú Cultural abre hoje (18), a “Ocupação Paulo Freire”, com exposição em seu prédio na Paulista, uma publicação crítica e material multimídia, que inclui um site e podcasts.

Claudiney Ferreira, gerente do Núcleo de Audiovisual e Literatura e que faz parte da curadoria conjunta da Ocupação, explica que a opção, na mostra, foi por seguir uma linha cronológica. Assim que entra, o visitante conhece um pouco de sua vida familiar. O documento mais antigo ali, e que nunca foi exibido, é o livro do bebê de Paulo Freire. Há ainda fotos de família, os primeiros trabalhos acadêmicos deste advogado que abandonou a profissão logo no início para se dedicar à educação, sua tese e notas. Enfim, seus primeiros passos.

Na sequência, está o material relacionado a Angicos. Sob sua orientação e por meio do método que ele criou, um grupo de professores conseguiu, em menos de 40 horas, ensinar 300 adultos da cidade a ler e a escrever. Era 1963. O salvo-conduto do presidente da Bolívia para que Paulo Freire pudesse deixar o Brasil durante a ditadura militar faz a ponte entre seu projeto de alfabetização e o exílio.

O visitante conhecerá, então, seu trajeto entre Bolívia, Chile, Estados Unidos, onde foi professor em Harvard, e Suíça -- de onde seguia para realizar trabalhos na África. “Sua volta ao Brasil é caracterizada, dentro da exposição, por fotos e materiais da Secretaria Municipal da Educação”, conta. Ele foi secretário de Luiza Erundina entre 1988 e 1991. “E, no meio de tudo isso, há dois originais nunca vistos, de ‘Pedagogia da Esperança’, que foi um processo importante da vida dele, de autocrítica, e de ‘Pedagogia da Autonomia’, que é dirigido para educadores, mas, para mim, é um livro sobre a vida.”

O último espaço mostra Paulo Freire pelo mundo. Por intermédio de uma instalação interativa, o visitante conhece as cátedras, institutos, centros acadêmicos, etc. (Da Redação com Estadão Conteúdo)