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Cultura

Grupo de teatro divulga arte conceitual durante pandemia

Projeto é forma de dialogar com o público e manter-se em movimento nesta fase

18 de Julho de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Inspirada na arte de Rita Wainer, esta obra faz parte do projeto
Inspirada na arte de Rita Wainer, esta obra faz parte do projeto "Passeio: Arte na Pele", desenvolvido pela artista plástica Louise Helène, radicada em São Paulo, em parceria com o fotógrafo Cleber Corrêa. Veja mais no Instagram @louisehelene. (Crédito: CLEBER CORRÊA / DIVULGAÇÃO)

Uma página no Instagram tem convidado os usuários a um encontro com a arte conceitual, por meio de imagens que mostram outros olhares a respeito dos mais variados temas. As fotografias exibidas despertam estranhamentos e sensações ora prazerosas, ora desconfortáveis, e quem passa por ali, naturalmente gasta minutos de atenção para absorver todos os significados. A iniciativa, do grupo Triad -- Arte Teatral, de Sorocaba, é uma forma de dialogar com o seu público durante a pandemia.

De acordo com o diretor Diego Crivari, a arte escolhida para publicação é sempre aquela que tem sintonia com o trabalho do grupo e essa foi a forma encontrada para manter a página @triadteatral em movimento nesta fase.

Artistas como o venezuelano Daniel Serva, atualmente radicado no Paraguai; o colombiano Seb Garmen, e Louise Helène, que mora em São Paulo, integram o time de peso que tem sido eleito pelo diretor do grupo para o projeto.

Diego conta que quando montou o Triad, que no início era pra ser apenas um grupo de estudos, tinha a mesma ideia que traz até hoje: fazer a diferença. “Sempre me atraí pelo diferente, atípico, pelo polêmico”, critério que segue para escolher as imagens a serem compartilhadas no Instagram. “Eu admiro muito a arte conceitual e sigo vários artistas desse caminho. Para publicar na página, busco diversificar bastante, sem limite de artista nacional, gênero, cultura, etc. Tudo que você vê lá, parte do que me cativa, então por um instante penso: ‘o mundo deve ver isso’.”

Intitulado "XXI", este trabalho é um dos favoritos do artista visual Seb Garmen, diretor artístico na Companhia de Teatro Físico de Cartagena (Colômbia). Ele pode ser encontrado no Instagram @sebgarmen. - REPRODUÇÃO INSTAGRAM
Intitulado "XXI", este trabalho é um dos favoritos do artista visual Seb Garmen, diretor artístico na Companhia de Teatro Físico de Cartagena (Colômbia). Ele pode ser encontrado no Instagram @sebgarmen. (crédito: REPRODUÇÃO INSTAGRAM)

Na maioria das vezes, os escolhidos não são artistas que já conhece. A opção é sempre pelo modelo de arte que se conecta com o perfil do Triad. A ideia é colaborar com a divulgação do trabalho de outros artistas e não deixar a página do grupo ociosa por conta da pausa pandêmica. “Para quem transpira arte, é um verdadeiro flagelo não poder se expressar. Estávamos ensaiando o nosso próximo espetáculo e aí veio a pandemia... Esse caos nos afastou dos palcos, mas nada nos afasta da arte. Por isso, tivemos a iniciativa de compartilhar o manifesto artístico de outras pessoas”, comenta Diego.

Conforme o diretor, mesmo que a página do grupo ainda não tenha um grande alcance, tem gente de muitos cantos do País e até de fora. “Quando decido o trabalho que vou compartilhar, eu acesso o perfil do autor, curto as fotos do feed e depois compartilho as imagens com os devidos créditos”, conta.

As fotografias publicadas são carregadas de símbolos e obrigam reflexão. Por falar em símbolos, Diego comenta que a escolha do nome Triad vem de uma simbologia mística relacionada ao elemento ar, aquele que move os demais. De acordo com Diego significa racionalidade, direcionamento e coragem.

Fazem parte do Triad, além de Diego, Giovanna Tegani, Rafael Mílbio e Math Caruso. “Temos quatro integrantes fixos. Quando montamos espetáculo, convidamos outros artistas para participar conosco”, afirma o diretor, que aguarda o fim do isolamento para colocar no palco “Desconstruindo Amélia”. (Daniela Jacinto)

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