Após oito anos desde o primeiro filme, “Os Croods 2: Uma Nova Era” chega aos cinemas misturando a pré-história com questões atuais de empoderamento feminino e sensibilização do homem. O lançamento em Sorocaba será hoje (1).

Em busca de um habitat mais seguro, os Croods descobrem um paraíso que atende todas as suas necessidades. Porém, outras pessoas já moram neste lugar: Os Bettermans, uma família que se considera melhor e mais evoluída. À medida que as tensões entre os novos vizinhos começam a aumentar, uma nova ameaça impulsiona os dois clãs em uma aventura épica que os força abraçar suas diferenças, extrair forças um do outro e construir um futuro juntos.

A direção de Joel Crawford levanta uma nova perspectiva sobre o longa da DreamWorks, como o embate cultural entre dois povos, o protagonismo feminino e a sensibilidade masculina. Tudo isso, sem deixar de atender ao público infantil.

Segundo a crítica do Canal Tech, os fãs podem se decepcionar com a falta de aprofundamento na história de Guy (Ryan Reynolds), que foi adotado pelos Croods ainda no primeiro filme e foi resumido ao interesse amoroso de Eep (Emma Stone). Entretanto, o mau desenvolvimento do personagem pode passar batido considerando os outros arcos da obra.

O maior desenvolvimento da saga é o amadurecimento de Eep, que volta mais velha e decidida a viver sua vida e se desprender da família. Entretanto, ela ainda enfrenta desafios para ressignificar seu comportamento e seus costumes como “mulher das cavernas”.

Outro ponto de destaque é a tentativa de evitar o estereótipo de rivalidade feminina. Quando a família encontra os Betterman, Guy acaba reencontrando antigos amigos que foram responsáveis por sua criação quando criança, e com eles, a jovem Dawn (Kelly Marie Tran) também ressurge, mais velha e mais bonita. A competição por um homem nem chega a tomar forma, visto que Eep e Dawn se tornam grandes amigas.

Grug Crood e Phil Betterman (Peter Dinklage) os pais das duas famílias também quebram os clichês, demonstrando a sensibilidade paterna. Ambos enfrentam embates culturais sobre o que é ser um bom pai.

Além do roteiro, a evolução técnica da animação também é um ponto forte no filme. A direção de arte de Richard Daskas não deixa nada a desejar com tons vivos e neons e uma paleta de cores diversificada. Os personagens e cenários ainda ganham detalhes que vão impressionar a todos os públicos.

A estreia da sequência chega aos cinemas quatro anos depois do previsto, e tendo sido adiada por três vezes, por conta da pandemia de coronavírus. A primeira animação chegou a ser indicada ao Oscar e rendeu US$ 587,2 milhões nas bilheterias. (Kally Momesso - programa de estágio / Supervisão: Carolina Santana)