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Música instrumental: Trio Corrente toca sábado no Teatro Municipal

07 de Novembro de 2019 às 22:50

Trio Corrente toca amanhã no Municipal O Trio Corrente foi formado em 2001 interpreta clássicos do choro e da MPB, além de seu crescente repertório autoral. Crédito da foto: Divulgação

Grupo vencedor de dois cobiçados gramofones dourados -- o Grammy Awards e o Latin Grammy --, o Trio Corrente faz show de lançamento do novo disco em Sorocaba no sábado (9), às 20h30, no Teatro Municipal Teotônio Vilela (TMTV), com entrada gratuita.

Os ingressos serão distribuídos na bilheteria, a partir das 19h. A atração faz parte da 13ª Temporada de Música Instrumental Brasileira de Sorocaba do Projeto Metso Cultural, realizado com patrocínio da Metso e apoio da Secretaria de Cultura (Secult).

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Formado por Edu Ribeiro (bateria), Fabio Torres (piano) e Paulo Paulelli (contrabaixo), o trio de música instrumental é um expoente do jazz brasileiro e se destaca internacionalmente por passear pelos ritmos brasileiros com concepção jazzística.

No show, Ribeiro será substituído pelo renomado baterista Cuca Teixeira que, nas palavras de Torres, “dará um outro colorido” à sonoridade do trio, que já começou a planejar projetos comemorações de 20 anos, que serão celebrados em 2021.

“Posso adiantar que estamos preparando algo bem bonito”, comenta o pianista, destacando que são os poucos grupos de música instrumental no Brasil que conseguem completar duas décadas tocando juntos.

“É bem raro tanto tempo assim e tem uma consequência: é muita afinidade musical que se traduz no palco e as pessoas sentem isso. Elas falam que a gente toca por telepatia e realmente é uma conversa muito íntima, que flui sem a gente se dar conta”, comenta.

Nova turnê

O show de amanhã faz parte da turnê de lançamento do novo disco, intitulado “Tem que ser azul”, gravado em Milão e lançado no início deste ano. Esse traz versões instrumentais de canções consagradas da MPB, de compositores como Tom Jobim (“Só tinha de ser com você”), Chico Buarque (“Retrato em branco e preto”, parceria de Jobim), Johnny Alf (“Eu e a brisa”), Djavan (“Êxtase”), Gilberto Gil (“Amor até o fim”) e a faixa-título, composta em 1965, por Messias Santos Jr. e gravada de diversos cantores, como Claudete Soares e Agnaldo Rayol.

Além das releituras, o álbum com 11 faixas traz temas autorais, como “Frevelli”, um frevo composto por Fabio Torres e dedicado ao parceiro Paulo Paulelli e “Baião do Salomão”, também de Torres, em homenagem ao pianista paraibano Salomão Soares.

O Trio Corrente foi formado em 2001 e vem criando um som original, interpretando de forma única os clássicos do choro, da MPB e do seu crescente repertório autoral. O pianista Fábio Torres comenta que, quando decidiram gravar o seu primeiro álbum, “Corrente”, em 2005, em um único dia, nenhum membro imaginava o sólido caminho que o grupo trilharia.

“Nós três estávamos abaixo dos 30 anos de idade. Era um momento de pura experimentação musical. Nós não estávamos pensando em nada, nem na ideia de formar um grupo. Foi como aquela garota que a gente conhece, começa a gostar, namora e quando vê já está casado com três filhos. A gente não fez plano, apenas se juntou para fazer música, e eram os parceiros ideais”, afirma.

Em 2011, o Trio Corrente lançou o álbum, “Volume 2”, mas a grande virada veio em 2014, quando o trio gravou o álbum “Song for Maura”, em parceria com o saxofonista cubano Paquito D’Rivera, que conquistou o Grammy Award como melhor álbum de jazz latino.

Pelo mesmo trabalho, ainda venceriam, na mesma categoria, o Latin Grammy, dividindo o prêmio com o lendário pianista americano Chick Corea. (Felipe Shikama)