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Museu de Arte Sacra tem acervo da Prefeitura

29 de Setembro de 2018 às 14:28

Museu de Arte Sacra tem acervo da Prefeitura Atualmente, o acervo do Madas está no piso superior da Catedral, onde o museu funcionava. Crédito da foto: Divulgação / Arquidiocese de Sorocaba

Parte do acervo do Museu Arquidiocesano de Arte Sacra de Sorocaba Comendador Luiz Almeida Marins (Madas-Lam) -- cerca de 90 peças e 500 documentos -- pertencem à Prefeitura e estão cedidas por meio de comodato, há 33 anos. A informação foi confirmada pela Secretaria de Cultura e Turismo (Secultur), após reportagem publicada no último domingo (23), no Mais Cruzeiro, na qual o arcebispo metropolitano de Sorocaba, dom Julio Endi Akamine, declarou que o museu, instalado na parte superior da Catedral Metropolitana, será transformado em reserva técnica -- como é chamado o espaço onde ficam guardados os objetos museológicos. Na prática, essa medida oficializa a extinção do museu, fundado em 1975 e que não tem sua exposição aberta ao público há 15 anos.

Com a extinção do museu, a Secultur não descarta a hipótese de requisitar as peças que pertencem ao acervo do Museu Histórico Sorocabano e ao Casarão de Brigadeiro Tobias. O titular da Secultur, Werinton Kermes, afirma que até o momento não há qualquer definição, mas que pretende se reunir com o arcebispo nos próximos dias para tratar do assunto.

Cessão

A cessão do acervo, segundo a Prefeitura, foi feita por meio da resolução SEC 005/1985, firmada em 13 de março de 1985, pelo então secretário de Educação e Cultura da época, Mário Biazzi, na gestão do prefeito Luiz Francisco da Silva.

A pasta confirmou que, além de peças sacras, documentos do município também foram cedidos ao acervo do museu. Segundo a Secultur, a estimativa é que, por meio da resolução, foram emprestadas cerca de 90 peças e 500 itens do acervo documental, que varia entre livros, folhetos musicais, manuais e missais.

O arcebispo disse que o piso superior da Catedral é inadequado para funcionar como museu, já que não oferece condições de acessibilidade e circulação aos visitantes. Uma nova sede para o Madas -- que ano passado chegou a ser anunciada como parte do complexo arquitetônico da futura Igreja de São Pio de Pietrelcina, no Parque Campolim -- não será mais construída. Segundo Dom Júlio, a orientação atual é a de que, em vez de limitar as exposições a um único espaço, o novo plano de ação é para ampliar o alcance do acervo por meio de exposições em vários espaços da cidade, como igrejas. “O plano de ação prevê que a parte superior da Catedral seja uma espécie de reserva técnica para a guarda do acervo e que vários espaços possam ser utilizados para exposições”, disse. (Felipe Shikama)