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Mulher-Maravilha chega nesta quinta (17) com a promessa de ser sucesso

16 de Dezembro de 2020 às 22:01

Mulher-Maravilha chega nesta quinta (17) com a promessa de ser sucesso Gal Gadot fala um pouco sobre seu papel em Mulher-Maravilha 1984. Crédito da foto: Divulgação

Dezembro de 2019. A CCXP regurgita de gente. Milhares de pessoas comprimem-se para tentar ver a Mulher Maravilha: Gal Gadot e a diretora Patty Jenkins, na maior sala montada no complexo da São Paulo Expo.

Há um ano, quem poderia imaginar que um certo vírus, surgido na China, iria se alastrar pelo mundo e fazer de 2020 a experiência infernal que ainda está sendo?

Depois de toda a loucura da CCXP, foi num hotel encravado na natureza, no Morumbi, que o Estadão encontrou-se com a estrela e a diretora do filme fenômeno de 2017, Mulher-Maravilha.

https://youtu.be/psFf4KXJZoQ

Machismo na indústria

Existe gente que minimiza o impacto da cultura de massas, dos comics, mas Diana/Wonder Woman surgiu com o timing perfeito, no bojo do movimento #MeToo, com que as mulheres questionaram/desmontaram o machismo na indústria.

Mas 2018 também viu a afirmação de um certo Pantera Negra. Quem poderia imaginar que, no fim de 2020, Chadwick Boseman já teria partido? Foi-se, mas o Black Lives Matter varreu o planeta como Wonder Woman havia feito antes.

Ao Estadão, Gal Gadot antecipou, na ocasião, o que era possível antecipar de Mulher-Maravilha 1984, que estreia nesta quinta-feira (17), nos cinemas brasileiros.

Fenômeno de bilheteria

E a diretora Patty Jenkins -- “Tive a visão do que deveria ser esse filme enquanto estava fazendo o primeiro. Ninguém poderia prever que o filme se transformaria num fenômeno, mas havia boas chances de que fizesse sucesso e a gente tivesse uma sequência."

Ela acrescenta: "No primeiro filme, Diana salva o mundo na 1ª Guerra Mundial, mas perde Steve, o amor de sua vida Na maior parte do tempo, era um filme cinzento. A guerra e seu cortejo de destruição. A ideia me veio como num raio. O 2º teria de ser muito colorido -- excessivo".

"Quando se pensa em excesso no cinema, o que vem? Os anos 1980. Afirmada a personagem, o que mais esperar? Que Diana/Mulher-Maravilha seja a James Bond do mundo dos super-heróis. Fazendo um filme comecei a sonhar o outro. Não apenas o estilo dos anos 1980, mas ambientado em 1984, um ano emblemático.”

Grande novidade

E qual será a grande novidade de MM84, Gal? “Quero o meu amor de volta”, ela diz. Mas Steve/Chris Pine morreu no fim do outro filme? Como poderá (re)viver? Em flash-back? E como, se o filme se passa mais de 60 anos adiante? Sem spoiler, espere o filme para ver. Mas tudo acontece de uma forma muito orgânica.

Há uma pedra misteriosa, que surge na trama para realizar o sonho das pessoas. O de Barbara é ser como Diana, é se transformar numa superfêmea predadora alfa - mais poderosa que a Mulher-Maravilha.

O de Diana é ter Steve de volta. E quem vai se apropriar da pedra, para dominar a mente das pessoas realizando os sonhos delas, é um tal Maxwell Lord, interpretado por Pedro Pascal.

A heroína

Diana e Barbara, a Mulher-Maravilha e sua versão para o mal. Steve e Lord, o herói e seu antinomio. Lord está sempre falando para o filho de seu sonho de se realizar como herói aos olhos do menino. Sua obsessão por poder fará dele um monstro. E essa é a história.

A estrela e a diretora adquiriram consciência do que representa ter feito um filme como MM. “O filme surgiu no momento em que o mundo e a indústria estavam prontos para uma heroína como ela. Agora, com todo excesso, acho que Patty tem uma consciência mais clara do que fizemos", diz Gal Gadot.

"Gostaria que MM vivesse mais vezes, mas só se for assim. Como uma mulher e heroína do nosso tempo. Vivi numa das regiões mais conflagradas da Terra (o Oriente Médio). Para mim, toda mulher é uma heroína, desde que não perca a humanidade nem a compaixão”, conclui Gal. (Luiz Carlos Merten, Estadão Conteúdo)