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Monólogos são atração do Sesc em canais da internet

17 de Junho de 2020 às 00:01

Monólogos são atração do Sesc em canais da internet A atriz Clara Carvalho apresenta “A mais forte”, texto do dramaturgo sueco August Strindberg. Crédito da foto: Ronaldo Gutierrez / Divulgação

A série Teatro #EmCasaComSesc completa um mês de programação de artes cênicas na internet. As transmissões de teatro podem ser vistas pelo YouTube do Sesc São Paulo (youtube.com/sescsp) e pelo Instagram do Sesc Ao Vivo (instagram.com/sescaovivo), sempre às 21h30.

Hoje, a atriz carioca Clara Carvalho apresenta, em monólogo, “A mais forte”, com texto do dramaturgo sueco August Strindberg. A obra foi escrita em 1889 e até hoje é um desafio para as atrizes. Traz a história de uma senhora que, ao ver em outra mesa sua rival na carreira artística e suposta amante do seu marido, vomita cobras e lagartos. Um monólogo de diálogo ácido e que exige sutileza na interpretação. Muito adaptada para a televisão, no Brasil ela já foi encenada por Nathália Timberg no grande Teatro Tupi. Clara Carvalho iniciou sua trajetória artística no balé, com passagem pelo Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A partir da década de 1980, vem para São Paulo com o Grupo Tapa apresentando o espetáculo “O tempo e os conways”, de J.B. Priestley. A partir daí, passou a se dedicar definitivamente ao teatro como atriz, diretora, tradutora e professora, com seu trabalho. “A mais forte” tem classificação livre.

Abrindo o fim de semana, na sexta-feira, será a vez de conferir o espetáculo documentário “Contos negreiros do Brasil”, com o ator, diretor e articulador cultural Rodrigo França. Um monólogo sobre a condição real e atual da negra e do negro no Brasil, seja o jovem estudante, o homossexual negro, a negra hipersexualizada pela sociedade, o menor infrator, a prostituta e a idosa. Sob direção de Fernando Philbert, o espetáculo é uma espécie de peça-aula que leva o público a presentificar índices estatísticos, contextualizados com cenas que reproduzem dores, paixões, medos, alegrias e angústias. O texto é de Marcelino Freire. Rodrigo França iniciou sua carreira no teatro e no cinema em 1992 e no ano passado ganhou o Prêmio Shell, na categoria Inovação pelo Coletivo Segunda Black. Cientista social e filósofo, é ativista pelos direitos civis, sociais e políticos da população negra no Brasil. A classificação indicativa é 14 anos. (Da Redação)