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Mapeamento Cultural está abandonado há dois anos

06 de Outubro de 2019 às 00:01

Mapeamento Cultural está abandonado há dois anos Secult reconhece que a plataforma digital carece de atualização técnica. Crédito da foto: Reprodução

Lançado no final de 2015 pela Prefeitura de Sorocaba com intuito de ser uma ferramenta virtual de identificação de espaços, ações e atividades culturais para a elaboração e aperfeiçoamento de políticas públicas para a cultura, o Mapeamento Cultural está abandonado desde 2017. A Secretaria de Cultura (Secult) reconhece que a plataforma digital carece de atualização técnica e alega que, por esse motivo, não é capaz de informar qual é a média mensal de acessos no mapeamento.

A plataforma georreferencial, que além identificar a produção cultural da cidade, poderia funcionar como uma espécie de rede social, podendo estreitar o diálogo entre artistas e instituições ligadas à cultura, foi desenvolvida ao longo de 2015, na gestão do prefeito Antonio Carlos Pannunzio, pela área de tecnologia da informação da Secretaria de Planejamento e Gestão (SPG), com apoio do Serviço de Comunicação (Secom). No entanto, desde 2017, a ferramenta foi esquecida por todos os sete secretários que assumiram a pasta até o presente momento. Além de não ter mais nenhum banner no site oficial da Secult que conduza o internauta ao mapeamento (disponível em http://servicos.sorocaba.sp.gov.br/mapeamentocultural/), há três anos o mapeamento deixou de ter um coordenador, que além de estimular a ampla adesão da sociedade civil na plataforma, deveria atuar como moderador dos cadastros.

A Secult não negou a informação obtida pelo Mais Cruzeiro de que nenhum servidor da pasta está destacado para coordenar a plataforma. Por meio de nota, a pasta informa que o Mapeamento Cultural passa por um processo de reorganização e que “está sendo reavaliada e organizada de modo a garantir seu aperfeiçoamento”.

Sem especificar a data, a pasta afirma que “em recente reunião com o setor de TI da Prefeitura, foram discutidas as necessidades para sua atualização e disponibilização, mas, ainda, não há prazo para a conclusão destas”.

Além omitir a média de acessos à plataforma, a pasta não divulgou o número total de agentes e entidades culturais cadastrados atualmente, bem como qual a dotação orçamentária da pasta para a manutenção e a eventiual atualização da plataforma. À época de seu lançamento, a então titular da Secult, Jaqueline Gomes, afirmou que a ideia era consolidar o mapeamento como ferramenta de gestão pública de cultura, aberta e colaborativa, onde é possível identificar todo o potencial criativo dos artistas e agentes culturais sorocabanos.

Inicialmente, a plataforma foi dividida em treze categorias: agentes culturais; atividades e espaços de bem-estar; calendário de eventos; empresas da área de cultura; equipamentos culturais; espaços de formação cultural; estabelecimentos de alimentação e espaços de lazer; instituições gestoras; livros, publicações, estudos e pesquisas sobre cultura; meios de comunicação; patrimônio cultural imaterial; patrimônio cultural material, e políticas públicas de cultura. (Felipe Shikama)