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Grupo Premê comemora 40 anos de carreira com show no Sesc Sorocaba

18 de Junho de 2019 às 23:59

Grupo Premê comemora 40 anos de carreira O grupo surgiu a partir da junção de estudantes de música da ECA-USP e ganhou projeção em 1979. Crédito da foto: Alexandre Nunis / Divulgação

O teatro do Sesc Sorocaba recebe nesta quinta-feira (20), às 20h, o show de lançamento do box comemorativo de 40 anos do grupo Premê. A apresentação do quarteto, que é um dos principais protagonistas do movimento da Vanguarda Paulista, é um dos destaques da programação deste mês e os ingressos, disponíveis até o fechamento desta edição, custam R$ 20 (inteira) e podem ser adquiridos na Central de Atendimento da unidade.

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Inicialmente chamado de Premeditando o Breque, o grupo Premê comemora 40 anos de jornada com o lançamento pelo Selo Sesc do box “Caixinha do Premê”, que reúne sete CDs com toda a obra e verve do grupo, formado por Mário Manga, Marcelo Galbetti, Claus Petersen e Wandi Doratiotto.

A “Caixinha do Premê” é um rico acervo histórico e o encarte com 96 páginas conta toda sua trajetória. O material é permeado por fotos dos icônicos shows e festivais em que a trupe participava em São Paulo e em cidades do interior paulista. O box reúne sete CDs com toda a obra e verve do grupo, incluindo o álbum “Como vencer na vida fazendo música estranha Vol. VII”. “Este CD traz músicas conhecidas do público, mas nunca antes gravadas em outro álbum, como as composições ‘Valsa didática’, ‘Casa de massagem’ e ‘Zuleika Gaspar’, as duas últimas censuradas nos anos 80”, conta Mário Manga, integrante do Premê desde sua formação original.

A caixinha reúne os seguintes CDs: “Premeditando o breque”, “Quase lindo”, “O melhor dos iguais”, “Grande coisa”, “Alegria dos homens”, “Vivo” e “Como vencer na vida fazendo música estranha”. A “Caixinha do Premê” já está disponível nas lojas da rede Sesc, livrarias parceiras de todo o Brasil e também no site sescsp.org.br/loja e tem preço sugerido de R$ 100.

Estudantes de música

O grupo surgiu a partir da vontade de alguns estudantes do departamento de música da Escolas de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) em quebrar o protocolo da erudição reinante no ambiente acadêmico. Mas foi em 1979, ano em que a Lei da Anistia foi assinada, que o grupo ganhou projeção. Ainda sob as asas da ditadura e da censura, o então Premeditando o Breque conquistou o segundo lugar no Festival Universitário da TV Cultura com a música “Brigando na lua”. O primeiro lugar foi para Arrigo Barnabé com “Diversões eletrônicas”.

Em 1981, o grupo anuncia seu primeiro álbum e no encarte já avisa que Premeditando o Breque se tornará Premê. O nome foi rapidamente aceito pelos fãs. A postura do Premê e dos outros artistas da chamada Vanguarda era de ousadia, desembaraço e crítica ao mainstream da indústria cultural. Com um humor ora hermético, ora popular, o Premê fazia piada de tudo, tanto na composição quanto nas letras. Qualquer estilo podia fazer parte de seu repertório.

Inicialmente, o núcleo do Premê foi formado por Igor Lintz Maués, Mário Manga, A. Marcelo Galbetti e Claus Petersen e, logo em seguida, Wandi Doratiotto, compositor que em 2015 foi presidente do juri do 10ª edição do Prêmio Sorocaba de Música -- Festival Nacional de MPB Livre. Hoje os integrantes do Premê são Manga, Marcelo, Claus e Wandi. O quarteto se apresentará amanhã no palco do Sesc Sorocaba acompanhados de Adriano Busko (bateria e percussão) e Danilo Moraes (violão, guitarra, baixo, voz), filho de Wandi, que toca com o grupo há mais de 20 anos. (Da redação)