Grammy consagra Beyoncé como a maior vencedora da história
Beyoncé se transformou a artista (homem ou mulher) mais premiada no Grammy. Crédito da foto: Kevin Winter / AFP
Antes mesmo da hora de início marcada no Brasil, às 21h, o Grammy 2021, realizado na noite deste domingo (14) pela primeira vez sem plateia (ou com algumas dezenas de artistas chamados para receberem os prêmios), começou a distribuir suas estatuetas. Beyoncé, que liderava com nove indicações, ganhou logo no início, junto à filha Blue Ivy, de nove anos, a categoria Melhor Videoclipe pela música Brown Skin Girl. Seus concorrentes eram Life Is Good, de Future e Drake; Adore You, de Harry Styles; Lockdown, de Anderson .Paak; e Goliath, de Woodkid. Taylor Swift, Roddy Ricch e Dua Lipa tinham seis indicações cada; Brittany Howard saiu com cinco e Billie Eilish, Megan Thee Stallion, DaBaby, Phoebe Bridgers, Justin Bieber, John Beasley e David Frost tinham os nomes indicados em quatro categorias cada um.
A categoria Melhor Música de Rap fez despontar um nome maior na noite. Depois da apresentação explosiva com Cardi B, Megan Thee Stallion venceu com a música Savage, que tem a participação de Beyoncé. E Beyoncé, que subiu de cabelos esvoaçantes a seu lado para receber a estatueta, chegou aos 27 Grammys, o que já era uma conquista inédita de uma mulher na premiação mas não seria só. Dua Lipa, tímida até então, discursou bonito para receber o prêmio de Melhor Disco de Pop Vocal por seu Future Nostalgia. ‘Eu pensei que só poderia fazer músicas tristes‘. Venceu, vejam só, Justin Bieber, Lady Gaga, Harry Styles e Taylor Swift.
Beyoncé fez história ao vencer a sessão Melhor Canção R&B com a canção Black Parade e se tornou o artista, homem ou mulher, a se tornar a maior vencedora de Grammy da história, com 28 premiações. Agora, mais do que Paul McCartney. Beyoncé discursou emocionada: ‘Como artista acredito que faz parte do nosso trabalho refletir nossa época. Queria homenagear os reis e rainhas que me inspiraram. Eu nem acredito que isso está acontecendo.‘
A cerimônia
Já na cerimônia conduzida de forma bastante sóbria por Trevor Noah, comediante, locutor e ator sul-africano, líder no programa The Daily Show, quem levou o prêmio de Artista Revelação foi Megan Thee Stallion, que ganhou de Ingrid Andress, Phoebe Bridgers, Chika, Noah Cyrus, D Smoke, Doja Cat e Kaytranada.
Os vencedores surgiam de máscaras, retiravam e faziam seus discursos. A estratégia do Black Pumas em relançar seu álbum de 2019 em versão deluxe deu certo e garantiu o gramofone na categoria Gravação do Ano pela música Colors. Uma grande banda, ainda que em busca de uma identidade além dos covers de seus ídolos da soul music dos anos 70, que venceu a gigante Beyoncé com Black Parade. E venceu bem mais: Rockstar, de DaBaby e Roddy Ricch; Say So, de Doja Cat; Everything I Wanted, de Billie Eilish; Don’t Start Now, de Dua Lipa; Circles, de Post Malone; e Savage, de Megan Thee Stallion com a participação de Beyoncé.
Dua Lipa demarcou território fazendo sua participação toda coreografada, com as câmeras bem aproximadas. Bruno Mars e Anderson .Paak fizeram o número seguinte, com Leave the Door Open e toda a sua estética setentista reverencial a grupos como Manhattan’s e Commodores. Bruno Mars, com Black Pumas, segue em sua elegia ao passado, algo que faz com uma bela voz mas na qual esconde sua falta de identidade gritante.
A grande categoria Álbum do Ano, perto do final da apresentação, acabou por consagrar outra mulher, Taylor Swift, com seu Folklore. (Estadão Conteúdo)