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Frestas, Trienal de Artes do Sesc, divulga seus curadores para 2020

29 de Março de 2019 às 20:57

Frestas, Trienal de Artes do Sesc, divulga seus curadores para 2020 Desde sua 1ª edição, a trienal, que acontecerá pela terceira vez no ano que vem, já apresentou mais de 170 artistas. Crédito da foto: Emidio Marques / Arquivo JCS (10/8/2017)

A terceira edição da Trienal de Artes -- Frestas -- do Sesc Sorocaba, que ocorrerá entre agosto e dezembro de 2020, será comandada pela primeira vez por uma equipe de três jovens curadores brasileiros: a carioca Beatriz Lemos, a baiana Diane Lima e o paulistano Thiago de Paula Souza.

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A equipe terá a missão de definir a proposta curatorial da única trienal do Brasil. De acordo com o Sesc, o trio tem se dedicado a explorar as práticas curatoriais de forma ampla, em plataformas discursivas de caráter experimental e democrático. A escolha envolveu discussões com diversos profissionais na cidade de Sorocaba. “A equipe selecionada demonstrou muita interlocução, escuta e pesquisa iniciada em temáticas e preocupações já abordadas nas programações do Sesc em seus diversos programas, dentro das variadas linguagens artísticas e valores sociais”, afirma nota da instituição.

Mais do que uma mostra de arte contemporânea, o Frestas é uma plataforma transdisciplinar que engloba projeto, programa e exposição e compõe a ampla agenda cultural realizada pelo Sesc São Paulo. Por ser realizada em Sorocaba, a iniciativa procura promover novas atuações e reflexões num campo mais amplo das artes visuais, trazendo também a atenção do público e do circuito de maneira mais descentralizada.

Desde sua 1ª edição, a trienal já apresentou mais de 170 artistas de diversas gerações e origens, em diferentes contextos curatoriais e recortes programáticos. Seu leque abrangente de participantes permite constituir um intercâmbio entre artistas locais, regionais e internacionais e promover instâncias dialógicas com diversos profissionais da área, como curadores, pesquisadores, professores, agentes e demais profissionais da cultura.

Perfis

Beatriz Lemos é curadora e pesquisadora, mestre em História Social da Cultura pela PUC-RJ. É idealizadora da plataforma de pesquisa Lastro -- Intercâmbios Livres em Arte e atua na promoção, ensino e curadoria de processos de criação anticoloniais, antirracistas e feministas no Brasil e América Latina. É curadora da Bolsa Pampulha 2018/2019 (Belo Horizonte, MG) e coordena o Grupo de Estudos Lastro na Casa 1 (São Paulo, SP). Em 2017, integrou a comissão curatorial do 20º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil e coordenou a residência artística Travessias Ocultas -- Lastro Bolívia.

Natural de Mundo Novo (BA), Diane Lima é curadora e pesquisadora, mestra em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Realiza práticas curatoriais multidisciplinares em perspectiva decolonial. Neste ano, foi cocuradora da Residência PlusAfrot, na Villa Waldberta, e da exposição coletiva Lost Body -- displacement as choreography, ambas em Munique, Alemanha. Em 2018, foi curadora do Valongo Festival Internacional da Imagem e integrante do Grupo de Críticos de Arte do Centro Cultural São Paulo.

Thiago de Paula Souza, de São Paulo, é curador e educador com formação em Ciências Sociais. Participa do programa Propositions for Non-Fascist-Living, em Utrecht, Países Baixos. Com a curadora Gabi Ngcobo, criou a “plataforma I’ve seen your face before”, parte do projeto Ecos do Atlântico Sul, do Goethe Institut, em São Paulo. Em 2018, foi membro da equipe curatorial da 10ª Bienal de Berlim, intitulada “We don’t need another hero”. (Felipe Shikama)