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Freddie Mercury nos cinemas encanta as novas gerações

24 de Novembro de 2018 às 12:53

Freddie Mercury nos cinemas encanta as novas gerações O filme retrata o artista em detalhes como figurino, postura e trejeitos característicos de Mercury nos palcos. Crédito da foto: Divulgação

Freddie Mercury está de volta. O eterno “frontman” do Queen, capaz de dominar um palco e encantar plateias como poucos, agora tem levado uma legião de fãs às salas de cinema. Morto há exatos 27 anos, o cantor é o foco de “Bohemian Rhapsody”, um filme que tem conquistado a admiração de uma nova geração pouco entrosada com o talento e a história desse astro do rock.

O longa-metragem entrou em cartaz nos cinemas de Sorocaba em 1º de novembro. Um dos espectadores foi o estudante Alisson Rodrigues, 19 anos, que começou a curtir o Queen há uns dois anos, com uma mãozinha do YouTube -- plataforma que Freddie Mercury nem sonhava com sua existência. No filme, Alisson conseguiu constatar o que já havia percebido ao assistir às antigas performances da banda inglesa: a presença de palco do cantor e sua capacidade em prender a atenção do público. “Para mim, não existiu nada igual”, relata.

Logo na estreia do filme em Sorocaba, lá estava a estudante Caroline Queiróz Tomaz, de 21 anos, integrante desta geração que não viu Freddie Mercury atuar ao vivo nos palcos. Antes do longa-metragem, ela conhecia apenas algumas músicas da banda por influência do pai. “Fiquei surpreendida pela magnitude dele [Freddie]. Ele nasceu para fazer aquilo”, comenta.

https://www.youtube.com/watch?v=dAH4hFlSwXk

Caroline desconhecia detalhes da história pessoal de Freddie Mercury contidos em “Bohemian Rhapsody” e, ao descobrir a inspiração para o astro compor “Love of my life”, disse ter ficado emocionada e ainda mais apaixonada pela canção. “Saí do cinema diferente, com a emoção à flor da pele”.

Embalada pelo filme, Caroline tem convivido diariamente com as músicas do álbum “A night at the opera” -- o quarto disco de estúdio da banda britânica, lançado em 1975. “Não era o meu favorito, mas agora o escuto todos os dias”. Nele estão clássicos do Queen, como “Bohemian Rhapsody”, “Love of my life” e “God save the Queen”.

Talento

“Bohemian Rhapsody” foi feito para homenagear Freddie Mercury. E parece que o diretor Bryan Singer não teve muito trabalho para alcançar esse objetivo. “Ele [Freddie] era excepcional e soube usar de maneira criativa e carismática todo o seu talento”, diz Sandra Regina Cardoso Sanches, regente dos coros infanto-juvenil e adulto da Fundec de Sorocaba.

Freddie Mercury nos cinemas encanta as novas gerações Freddie Mercury durante uma apresentação em 1977. Crédito da foto: Reprodução / Wikipédia

Segundo Sandra, esse “renascimento” de Freddie Mercury por meio do longa-metragem ganha força graças ao talento único do artista. “Ele tinha uma qualidade técnica vocal absurda, graças a muito estudo e muita música que existia dentro dele”, lembra.

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Para o cantor tenor do Teatro Municipal de São Paulo e pianista Fernando de Castro, 36, Freddie Mercury é comparável somente a Elvis Presley no quesito cantor de rock. “Ele [Freddie] tinha uma sensibilidade e uma musicalidade quase impossível de encontrar em músicos de rock”. Na opinião de Castro, a principal virtude de Freddie Mercury não era o vocal e o timbre, mas o jeito como ele cantava. “Cada palavra que ele canta você sente a cor. O canto dele é sentido.”

27 anos

Freddie Mercury morreu em 24 de novembro de 1991. Batizado como Farrokh Bulsara, ele faleceu em consequência de complicações da Aids. O integrante do Queen assumiu publicamente que tinha a doença na véspera da sua morte, em Londres.

Nascido em Stone Town, atual Tanzânia, em 1946, Freddie foi morar na Inglaterra com 18 anos de idade junto com os pais. A mudança ocorreu por conta de uma revolução em seu país natal. (Giuliano Bonamim)

https://www.youtube.com/watch?v=fJ9rUzIMcZQ

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