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Fotógrafo do Cruzeiro ministra workshop com o tema da inclusão

27 de Setembro de 2018 às 08:05

Fotógrafo do Cruzeiro ministra workshop com o tema da inclusão Durante o workshop, Fábio Rogério apresentou técnicas para auxiliar até deficientes visuais a conseguirem fotografar - Foto: Erick Pinheiro

Com intuito de promover a inclusão das pessoas com qualquer tipo de deficiência, em todos os âmbitos da sociedade, inclusive na arte, a Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria de Comunicação e Eventos (Secom), em parceria com as secretarias de Igualdade e Assistência Social (Sias) e Cidadania e Participação Popular (Secid), promoveu nesta quarta-feira (26) um workshop de fotografia voltado a este público. A atividade, realizada no Salão de Vidro do Paço Municipal, integrou a programação alusiva ao Dia Nacional da Luta de Pessoas com Deficiência (21 setembro) e foi ministrada voluntariamente pelo fotógrafo Fábio Rogério, do Cruzeiro do Sul. Com um total de 40 pessoas inscritas, a Secom foi responsável por certificar todos os presentes.

Além de fazer um breve relato de sua carreira como fotógrafo profissional, Fábio Rogério mostrou suas próprias fotografias, como o interior da Catedral Metropolitana de Sorocaba, descrevendo-as para os deficientes visuais presentes. Em um bate-papo falou sobre a técnica aplicada, a utilização de diferentes tipos de lentes, ângulos, enquadramentos e a criatividade, através do olhar artístico. “Eu já ministrei palestras e cursos gratuitos de fotografia, mas com este tema, é a primeira vez, e desde a minha preparação percebo o quanto foi enriquecedor para mim. O assunto precisa de maior visibilidade e toda a população deveria participar de workshops como este para saber como lidar com as pessoas com deficiência, pois só com a integração pode-se entender um pouco do que eles enfrentam dia a dia para se conscientizar em relação à inclusão, e até mesmo, ajudar um conhecido ou familiar”, declarou Fábio.

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Para os cegos e pessoas com baixa visão que participaram do workshop, o profissional deu dicas essenciais sobre como tirar boas fotografias. Priscila Lopes de Castro, que é cega, conta que aprendeu a reconhecer o objeto a ser fotografado, através do tato, sentindo suas dimensões e calor bem como dicas de distância e enquadramento para a captura uma boa imagem. Com uma venda nos olhos, participantes que não possuem deficiência visual puderam repetir as recomendações e sentir na pele como é possível registrar mesmo com esta deficiência.

Após a oficina, o grupo realizou uma visita ao jornal Cruzeiro do Sul, para conhecer a redação, a gráfica e o museu que conta a história da imprensa sorocabana. Noivo de Priscila, com quem vai se casar em dezembro, o artesão Edi Wilson Nagatomo, que possui aproximadamente 10% da visão, elogiou a iniciativa. “O curso deu um suporte técnico muito interessante para a gente e ensinou que fotografia é sensação. Também ficamos maravilhados em conhecer o jornal por dentro e saber como ele é feito. Era uma coisa que eu tinha muita curiosidade”, completou.