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Festival seleciona filmes gravados com aparelho celular

11 de Junho de 2019 às 07:27

De 2013 para cá, 300 conteúdos filmados no celular foram inscritos no festival. Crédito da foto: Pxhere

Dedicado a curta-metragens de até 5 minutos, o festival Curta no Celular, realizado bianualmente em Taubaté, aposta na popularidade de smartphones para tornar o cinema mais acessível. Na mostra, que chega à sua 4ª edição neste ano, iniciantes no mundo do audiovisual e estudantes de escolas públicas e particulares competem em uma única categoria, apresentando ficções, clipes e documentários. As inscrições já estão abertas no site festivalcurtanocelular.com.br, e a votação será realizada entre 1º de outubro e 1° novembro.

Fundador do festival, Fernando Ribeiro Ito conta que os smartphones estão no DNA do evento. "Quando estávamos criando o Curta, nos perguntamos: o que seria uma coisa democrática, que todo mundo poderia fazer? Nos veio à mente o celular, que todo mundo tem ou consegue emprestado", diz.

No Brasil, de acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), existem 230 milhões de smartphones em uso - mais do que um por pessoa. Para Ito, apesar da popularidade, o celular ainda não é aproveitado em toda sua potência. "É uma ferramenta poderosa, mas que as pessoas não sabem usar. Então, nossa ideia é provocar, estimular que essa tecnologia e outras sejam usadas no cinema."

Filmes inscritos

De 2013 para cá, 300 conteúdos filmados no celular foram inscritos no festival. Membro da curadoria, Paulo Cardoso explica que, na hora da seleção, a qualidade do roteiro prevalece sobre a da filmagem. "É uma forma de tornar a competição mais justa, já que nem todos têm o mesmo recurso para as produções".

Para Ito, o festival oferece uma experiência maior do que apenas a publicação de conteúdos em plataformas como o YouTube. "No evento, os produtores são avaliados por um júri qualificado."

 

Ao abrir espaço para iniciantes, o festival busca estimular novos talentos. De acordo com Ito, vencedores de edições anteriores já trabalham na área, em produtoras. Ele conta que escolas da região de Taubaté abraçaram o projeto. "O Curta é uma boa opção de conteúdo para os professores que precisam trabalhar em período integral com crianças e adolescentes", explica.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (Estadão Conteúdo)