Buscar no Cruzeiro

Buscar

Exploração do Casarão de Brigadeiro Tobias não tem interessados

08 de Dezembro de 2018 às 06:30

Exploração do Casarão não tem interessados O Casarão de Brigadeiro Tobias abriga, atualmente, um acervo particular. Crédito da foto: Emidio Marques / Arquivo JCS (27/3/2017)

Pela segunda vez, a licitação que pretendia transferir a gestão do Casarão de Brigadeiro Tobias para uma empresa terceirizada não recebeu interessados. A abertura dos envelopes com as propostas dos licitantes estava agendada para ontem, às 10h, mas terminou deserta.

A Secretaria de Cultura e Turismo (Secultur) informa que diante do desinteresse, encaminhou o processo à Secretaria de Assuntos Jurídicos e Patrimoniais (SAJ) “para verificar se existe outros tipos de mecanismos para fazer uma parceria visando a gestão do prédio histórico que abriga o Centro Nacional do Tropeirismo”.

O edital de concorrência na modalidade “maior oferta” tinha como objetivo atrair interessados da iniciativa privada dispostos a pagar a quantia mínima de R$ 120 mil pelo período de 24 meses (R$ 5 mil mensais) para explorar comercialmente o espaço e se responsabilizar pela conservação do imóvel. O termo de Referência não especifica quais atividades poderão ou não ser exploradas comercialmente no Casarão, não descartando, por exemplo, a abertura de um restaurante ou uma pousada.

Ainda de acordo com o edital, o vencedor da concorrência deveria realizar uma série de eventos gratuitos ligados ao tropeirismo e oferecer um acervo com o mínimo de 50 peças referentes à memória tropeira que ficariam expostas no local. A Prefeitura desmentiu a possibilidade aventada por um servidor da própria Secultur, de abrir um novo edital “com lógica inversa”, isto é, remunerar mensalmente alguma associação cultural para fazer a gestão do Centro Nacional do Tropeirismo e a manutenção do prédio histórico. “Não procede”, informou.

Imóvel de taipa construído por volta de 1780, o Casarão de Brigadeiro Tobias, situado no bairro homônimo, foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), subordinado à Secretaria Estadual da Cultura, em 15 de agosto de 1969.