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Economia criativa gerando renda e transformando vidas

10 de Abril de 2021 às 00:01

Economia criativa gerando renda e transformando vidas A guarani Kerexu Mirim fala de seu pedaço de terra em Tapiraí. Crédito da foto: Divulgação

Uma live do Instituto Empodera chamada “Expedições Criativas” está disponível na íntegra em seu canal no YouTube, com quase três horas de histórias inspiradoras de mulheres que mostraram a importância da economia criativa em suas vidas -- seja para seu próprio empoderamento ou, então, para gerar renda. O evento foi totalmente virtual e gratuito, contemplado pelo Programa de Ação Cultural (Proac), por meio da Lei Aldir Blanc.

“O evento criou uma conexão entre pessoas que queriam aprender e outras que queriam ensinar, trazendo diversos olhares e possibilidades para gerar novas formas de economia. Não foi só um evento, foi um processo de transformação social e sustentável”, disse Raquel Barros, coordenadora do “Expedições Criativas” e diretora do Instituto.

No total, foram quatro dias de evento (8, 15, 22 e 29 de março), com 376 inscritos de diversos estados e mais de 575 espectadores. Essas histórias foram tiradas do “Conexão Musas”, do Instituto Empodera, que atua, entre outras cidades, em Sorocaba, desenvolvendo um trabalho com cerca de 70 mulheres -- entre elas, trans, indígenas, ex-usuárias de drogas ou vítimas de violência sexual.

Uma das oito mulheres escolhidas para participar do “Expedições Criativas” foi Kerexu Mirim ou, em português, Laura Soares Gabriel. Ela é indígena e vivia com a sua comunidade em Jaraguá (SP) até que suas terras foram invadidas pelo traçado do Rodoanel. Além de trazer seu conhecimento de artesanato guarani, ela contou sua história na Aldeia Guyra Pepo, em Tapiraí (SP), seu novo pedaço de terra na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS).

“Eu queria que conhecessem o dia a dia das mulheres na aldeia, pois aparecem mais os homens. Sem as mulheres, nós não vivemos, nós somos a base. Na cultura guarani sempre falamos da importância da união. Seja guarani ou não, as mulheres devem se apoiar”.

Economia criativa gerando renda e transformando vidas Joh é uma mulher trans que hoje atua como costureira no projeto. Crédito da foto: Divulgação

Outra musa inspiradora escolhida foi Joh Bitencort, uma mulher trans que morou na cracolândia e hoje trabalha como costureira no projeto na capital paulista. “Aprendi a costurar no projeto. Eu nunca imaginei que eu iria sentar em uma máquina de costura. Tem pessoas que acham que eu sou prostituta quando eu digo que trabalho perto da Luz, por isso, tenho orgulho de dizer: ‘não, eu sou costureira!’”, conta.

A principal metodologia do Instituto Empodera é o tratamento comunitário, o qual vê o indivíduo em situação de vulnerabilidade como parte da solução e não do problema, reconhecendo as pessoas como transformadoras de suas realidades. (Da Redação)

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