Documentário Ouvidos Calados estreia nas plataformas VOD
Obra sorocabana fala sobre suicídio e lançamento é em alusão ao Setembro Amarelo. Crédito da foto: Divulgação
O documentário “Ouvidos Calados”, produzido em Sorocaba, com recursos da Lei de Incentivo à Cultura (Linc), da Secretaria da Cultura, dividirá o catálogo com grandes produções do cinema internacional nas plataformas de video on demand (VOD). O filme ficará disponível para locação no Now, da Claro TV, a partir da próxima quinta-feira (17) e na Amazon Prime Video a partir do dia 24 de setembro. O lançamento nessas plataformas faz parte da campanha Setembro Amarelo, dedicado à prevenção do suicídio.
O longa-metragem traz, por meio de depoimentos gravados com parentes e familiares de quem decide tirar a própria vida, a necessidade de uma maior consciência acerca do suicídio. Questões sobre a importância de os jovens falarem a respeito de seus próprios sentimentos e, também, de ouvirem uns aos outros são o principal foco deste projeto.
Dirigido e escrito por Mauro Baptistella, com roteiro e montagem de Vitor Alves Lopes, direção de fotografia por Chores Rodrigues e produção de Lucas Zalla e Janaína Caldeira, o documentário contemplado no edital da Linc de 2016 e que estreou nas salas de cinema de Sorocaba em 2018 teve início a partir da observação do diretor sobre um período de crise econômica brasileira, no qual houve um aumento na busca pelo serviço do Centro de Valorização da Vida (CVV).
A decisão de disponibilizar a obra nas plataformas de video on demand segue a tendência mundial das principais produtoras do mundo, que têm lançado filmes diretamente em plataformas por demanda. “A procura por filmes ‘on demand’ cresceu muito. Muitas pessoas já estão acostumadas com esta forma de consumir cinema, então será uma forma do nosso filme chegar a mais gente e até um outro público”, comenta o Baptistella, destacando que está passando pela etapa de legendagem para, em breve, ser lançado no mercado internacional.
Renda
A renda obtida com os alugueis do filme, assinala o diretor, será inteiramente revirtida ao CVV. Vale lembrar que entre abril e agosto, o filme ficou liberado para ser assistido gratuitamente. “A pandemia mexeu com muita gente e como é um filme que tem preocupação com a saúde mental, a gente decidiu liberar por este período”, comenta. Durante este período em que o filme foi visto por quase 4 mil pessoas.
Além de discorrer sobre os impactos do suicídio para a sociedade, ao longo de 1h15min o documentário também mostra formas de amigos e familiares se manterem em alerta quanto aos sintomas de alguém que sofre de transtornos mentais e possui ideias suicidas, como uma maneira de reconhecer que o problema é real, mas que pode ser evitado com um pouco mais de atenção e diálogo. (Felipe Shikama)