No telão
Três novidades chegam às telas da cidade
"Spencer", "O Beco do Pesadelo" e o anime "Belle" são as novas atrações nos cinemas de Sorocaba
A programação dos cinemas sorocabanos conta com três novos longa-metragens a partir de hoje (27). Dois filmes são “de época”: o drama “Spencer”, que resgata a história da princesa Diana com a família real britânica; e “O Beco do Pesadelo”, que se passa nos anos 40 e reflete sobre truques mentais para se conseguir o que se deseja. Já o anime “Belle” passa a impressão de se tratar de uma adaptação de “A Bela e a Fera”.
“Spencer” é uma obra cujo título faz referência ao sobrenome de solteira de Lady Di. Se passando nos anos 1990, Diana passa o feriado do Natal com a família real na propriedade de Sandringham, em Norfolk, Reino Unido. Entre bebidas, brincadeiras e comidas, Diana conhece de cor o script da realeza, mas esse final de ano vai ser diferente. Após rumores de traição e de divórcio, a princesa se vê em um impasse quando percebe que seu casamento com Príncipe Charles já não está dando mais certo -- e nunca dará, já que o príncipe ama somente Camilla Parker Bowles, mesmo com dois filhos. Portanto, ela decide deixá-lo. Após o pedido, Diana se vê atormentada pelo fantasma da ex-rainha Ana Bolena, também deixada de lado pelo marido.
O filme é apenas uma especulação do que pode ter acontecido durante esses turbulentos dias e noites que antecedem o Natal e também os seguintes, após seu pedido oficial de divórcio, com os paparazzi rodeando sua vida. Sob a direção de Pablo Larraín, a obra tem sido amplamente elogiada, assim como a atuação da protagonista, Kristen Stewart. Segundo o site Deadline, “Spencer” foi exibido em 996 cinemas em todo o mundo, mas não teve o resultado esperado nas bilheterias, arrecadando US$ 2,1 milhões, número abaixo do esperado. Apesar disso, Kristen Stewart foi indicada ao Globo de Ouro de Melhor Atriz pelo trabalho como Diana.
Conforme o Rotten Tomatoes, principal site de críticas do cinema, o longa foi avaliado em 83% pelo “tomatometer”. Já a avaliação da audiência alcançou 52%. O consenso da crítica é de que “Spencer pode se frustrar com sua representação idiossincrática da vida de seu sujeito, mas a performance finamente modulada de Kristen Stewart ancora os vôos de fantasia do filme”.
Picareta
Já em “O Beco do Pesadelo”, o carismático -- mas sem sorte -- vigarista Stanton Carlisle acaba entrando para um “circo dos horrores” após perder tudo. Lá ele encontra a vidente Zeena e seu marido Pete, que fazem um show de leitura fria e um engenhoso sistema de linguagem codificada para fazer parecer que ela tem poderes mentais extraordinários.
Mas logo Pete começa a ensinar a Stan sobre os truques, fazendo com que ele tenha uma ideia para um “passaporte” para a riqueza e tirar dinheiro da elite novaiorquina dos anos 1940. Anos depois, após sair do circo e se juntar com Molly, uma das intérpretes do show, Stan é conhecido como “O Grande Stanton”, pondo em prática o que tinha imaginado anos antes.
Mas durante uma de suas performances, ele acaba entrando em um jogo de gato e rato com a psicóloga Lilith Ritter, que tenta expor suas habilidades fraudulentas, não conseguindo. Stan acaba conhecendo um homem rico que quer contratá-lo para falar com o falecido filho, e vai tentar ganhar muito dinheiro, mas a psicóloga não vai deixar isso passar tão rapidamente.
Nas mãos de Guillermo del Toro, o filme é uma homenagem ao cinema noir. No Rotten Tomatoes, o longa conseguiu 80% de aprovação no “tomatometer” e 68% da audiência. O consenso é positivo. “Embora possa não ser tão forte quanto o original, ‘O Beco do Pesadelo’ de Guillermo del Toro é um thriller noir moderno com um toque agradavelmente polpudo”, afirmou a crítica do site.
Bonito de ver
Por fim, em “Belle”, Suzu é uma estudante que mora em uma aldeia rural com o pai. Por anos, ela foi apenas uma sombra de si mesma. Um dia, ela entra em “U”, um mundo virtual de 5 bilhões de membros na Internet, mas lá ela não é mais Suzu. Ela é Belle, uma cantora mundialmente famosa. Logo ela se encontra com uma criatura misteriosa e, juntos, eles embarcam em uma jornada de aventuras, desafios e amor, em busca de tornarem-se quem realmente são.
Dirigido por Mamoru Hosoda, o filme foi comparado ao clássico da Disney “A Bela e a Fera”. As impressões, entretanto, são mais do que satisfatórias. No Rotten Tomatoes, o longa-metragem atingiu uma classificação de 95% de aprovação tanto do “tomatometer” quanto da audiência.
A crítica diz que trata-se de “uma história notável trazida à vida com uma animação deslumbrante, Belle encontra o escritor-diretor Mamoru Hosoda estabelecendo um novo e brilhante marco”. Já a audiência avaliou como “bonito de ver e ouvir, Belle é um deleite para os fãs de animação”. (Kally Momesso)