No rádio e TV esportivos, nesses últimos dias, troca de treinador, jogador no estaleiro, gol de placa -- se é que teve algum ou qualquer outro noticiário do tipo --, não foi tão importante ou amplamente discutido como a situação do treinador Cuca. E como ainda está sendo.

Um caso de 1987, em Berna, na Suíça. Na época, ele, com 24 anos, e outros três companheiros do Grêmio chegaram a ser presos, acusados de violentar uma menina de 13 anos. Foram libertados depois de um mês, mas o processo continuou rolando, até serem condenados à revelia em 1989.

Mas por que falar disso agora, depois dele continuar jogando, tornar-se técnico de futebol e até ganhador de muitos títulos pelos vários clubes por quais passou? Por que todo esse falatório em cima de algo que aconteceu há 36 anos?

Porque o Cuca, um dos que recebeu a pena maior, sempre negou ter participado de qualquer ato. Só não levou em conta que o mundo mudou. O deixa quieto do passado e o mentir até tornar verdade, não existem mais.

Existem provas e depoimentos que demonstram de maneira inapelável a sua participação naquele caso, mas ainda assim, em vez de admitir ou se colocar de outra forma, ele continua negando.

Nem se trata de querer impedir ninguém de trabalhar. A questão chegou a tal ponto, com tantos outros setores envolvidos, que é difícil prever onde isso vai parar. E a imprensa, toda ela, apenas está cumprindo o seu sagrado dever de noticiar e acompanhar os acontecimentos. Enfim, faz só a sua obrigação.

Essa também

Outra situação muito triste é a do jornalista Ney Inácio, alguém com 43 anos de profissão, sendo os últimos 26 deles no SBT, como repórter, produtor e pauteiro do Ratinho. Tem 66 agora. Vítima de uma doença muito grave, ao ser demitido entrou com uma ação trabalhista e ganhou em todas as instâncias. Só que por causa da lentidão burocrática ainda não recebeu. O seu caso é bem delicado.

Contratada

Elaine Bast (foto), após 23 anos de Globo e que esteve muito próxima de assinar com a Jovem Pan, é a mais nova contratada da CNN Brasil. Estreia confirmada para a próxima terça-feira, com as suas colunas de economia, no “Novo Dia” e “Live CNN”.

É uma festa

As emissoras de TV, na divulgação dos seus produtos, têm procurado engajar alguns jornalistas nas suas realizações. Não deixa de ser uma aproximação interessante. Mas certos detalhes precisam ser observados. Na festa do “MasterChef”, da Band, teve coleguinha, inadvertidamente, metendo a mão dentro do liquidificador. Não por outras razões, numa dessas dá um BO daqueles.

Responsabilidade

Interessante ouvir alguém, como Celso Portiolli dizer, como admitiu no “Programa de Todos os Programas”, que todos os domingos, ao sair do camarim em direção ao estúdio, ainda sente frio na barriga. E quando não sentir isso mais, larga a televisão. Isso se chama responsabilidade.