Entretenimento
Especial do Domingo Legal atestou o encolhimento do SBT
Flávio Ricco, com colaboração de José Carlos Nery

O que o “Domingo Legal” apresentou no seu aniversário de 30 anos, ainda tem que ser abordado, por conter comprovações do que a televisão deixou de lado e precisa retomar no sentido de trazer de volta a atenção de um público, que ela foi perdendo para a internet, streaming e outros meios.
Perdeu porque o próprio trabalho de produção veio a se tornar menos exigente e muito mais voltado a atender interesses comerciais.
O mesmo “DL”, sem que o apresentador Celso Portiolli e o diretor Rubens Gargalaqua tenham a menor culpa ou responsabilidade nisso -- apenas opera nos limites determinados ou permitidos, que não por acaso determinaram um empobrecimento importante no seu conteúdo, entre aquilo que exibia lá atrás e o que é hoje.
Estar preparado e saber lidar com o factual, por exemplo, foi uma delas. Entraram para a história do programa inúmeras coberturas, como a do acidente que matou os Mamonas Assassinas e o incêndio da boate Kiss, entre tantos outros. Hoje isso não é mais possível e não por responsabilidade do programa ou dos que trabalham nele, mas da vontade zero do SBT em investir nos seus conteúdos. Há por parte do seu alto comando um nocivo acomodamento, que só vem corroendo toda a sua grade de programação.
Exemplo explícito
O especial do “Domingo Legal”, com 1h40 de duração, demonstrou o que o SBT já foi capaz de apresentar e deixa de fazer hoje. Dentro das condições atuais e da apatia dos seus responsáveis, não há condição nenhuma de repetir um pouco daquilo. Também pudera, Silvio Santos e os próprios diretores eram completamente outros.
Protagonistas
Isabela Souza e Juliana Velásquez (foto), colombiana, as duas atrizes e cantoras, são as estrelas de “Uma garota comum”, do Disney+, com estreia marcada para ainda este ano. A série mostra a estrela pop latina Alana (Velásquez), cansada de não ter o controle sobre a própria vida, que foge para uma pequena cidade no interior do Brasil. Isabela é Victória, a antagonista.
Jornalismo
A Band deixou, a princípio, para março as já anunciadas mudanças no seu jornalismo. A mais significativa, se vier a acontecer, será a transferência de Lana Canepa para Brasília e a entrada de Adriana Araújo no seu lugar no “Jornal da Band”.
Vale dizer
Quando há o cuidado de ainda não cravar tais mudanças na Band, é porque uma boa maioria delas ainda depende de algumas definições. Há quem entenda que as mudanças no “Jornal da Band” devem ser outras.
Mais um
Marco Antonio Costa, outro comentarista da direita, deixou a TV Jovem Pan no começo da semana. Hoje, pela ausência de representantes de diferentes tendências políticas, já existem dificuldades em manter na grade os programas de debates que sempre existiram.
Galeria
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