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Blog ajuda mulheres a pôr fim ao ciclo de violência

04 de Fevereiro de 2021 às 00:01

Blog ajuda mulheres a pôr fim ao ciclo de violência Christine Xavier teve seu projeto contemplado pela Lei Aldir Blanc. Crédito da foto: Divulgação

No Brasil, duas em cada três mulheres já sofreram violência, segundo dados do Mapa da Violência. A jornalista sorocabana Christine Xavier fez parte desta estatística quando os casos ainda não eram tão divulgados. Ela esteve num relacionamento abusivo e agressivo por dois anos e, hoje, tenta alertar mulheres para interromper o ciclo de violência por meio do seu blog, “Rompa o Silêncio”, que terá textos inéditos sobre situações de violência e abusos que ela viveu.

Apesar de ter lançado o blog em 2018 para ajudar mulheres que não têm apoio e acolhimento necessários a contar o que sofrem, ela nunca tinha contado sua própria história por lá. “Escrevi um livro contando toda a minha história com a violência, mas não consegui publicar ainda”, afirma.

Com a obra concluída, ela foi contemplada no edital de contrapartida da Lei Aldir Blanc no fim do ano passado para fazer a publicação de trechos do livro, no blog. “Terá o formato de diário, em que eu mostro situações que aconteceram comigo e que podem ocorrer com qualquer mulher. Constrangimentos e violência das mais diversas formas, em vários cenários, como no ambiente de trabalho e no âmbito familiar.”

O projeto “Diário de Blog - Rompi o Silêncio”, reunirá 15 textos publicados entre os dias 8 e 22 de fevereiro. No primeiro dia (8), às 19h30, a jornalista fará uma live na página do blog no Facebook (https://www.facebook.com/blogrompaosilencio) para falar sobre o projeto e, também, comentar e tirar dúvidas dos espectadores.

Já no dia 24 de fevereiro, Christine terá como convidado o psicólogo André Guimarães Wolff para falar de perfil, comportamento e tratamento do agressor, fechando assim o projeto.

Sobre o blog

O blog Rompa o Silêncio reúne depoimentos, inclusive anônimos, notícias e artigos de profissionais envolvidos com a questão da violência doméstica. “Eu tinha só dois caminhos: pegar a minha dor e amargar minha vida ou usá-la para ajudar outras mulheres. E eu escolhi a segunda opção”, finaliza Christine. (Da Redação)