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Arte é forma de reinvenção para GSilva

26 de Dezembro de 2020 às 02:47

Arte é forma de reinvenção para GSilva Sua transformação criativa deu-se pelo desejo de transmitir sentimentos e emoções com a pintura e a fotografia. Crédito da foto: Divulgação

As condições adversas decorrentes da pandemia de Covid-19 tiveram um grande impacto na vida de muitas pessoas. Impossível quem passou por esse momento e não trouxe algo novo para a vida. Mesmo para aqueles que foram indiferentes em todo o processo da quarentena ou não acreditaram na gravidade e na oportunidade que ela oferecia, tiveram de alguma forma algum comportamento modificado por ela.

Para dar um novo significado à vida e transformar dificuldades em aprendizado, o executivo Geilson Silva teve a necessidade de se reinventar. Com mais de 35 anos de carreira profissional dentro de empresas multinacionais, na área de supply chain e trade compliance, ele decidiu adicionar mais um desafio em sua vida: iniciar um projeto artístico contemporâneo em paralelo com a sua rotina. “Eu precisava me sentir mais útil, mais produtivo e, principalmente, manter minha saúde mental. Equilibrar minha vida pessoal e profissional e, assim, fortalecer as minhas relações humanas”, comenta Geilson Silva.

Sua formação inicial em literatura inglesa pela PUC São Paulo não se perdeu diante de outras especializações nas áreas de comércio internacional e gestão, cursos que apoiam sua carreira atual. Além disso, sua paixão pela música, poesia, história, mitologia e viagens fizeram com que as duas áreas, a técnica e a artística, se convergissem, dando espaço para uma nova possibilidade durante a pandemia.

Toda essa bagagem serviu de apoio para uma transformação criativa, que para Geilson Silva -- ou GSilva, seu nome artístico --, deu-se pelo desejo de transmitir sentimentos e emoções através da pintura e da fotografia. “Não há pretensão artística, nem preocupação com modelos, regras, leis e definições. A quebra de padrões estéticos me permite criar livremente, adotando uma linguagem própria explorando obras abstratas. A arte deve estar conectada com o olhar e a imaginação”, conta GSilva, que deseja inspirar a todos a transpirar arte.

Como pontapé inicial, doze trabalhos foram escolhidos para celebrar o início da sua nova história. Todos os títulos são transversais e remetem a outros movimentos artísticos, como o nome da obra “Fogo que arde, dói e mata”, inspirado no poema “Fogo que arde sem se ver” do português Luís Camões. Através da pintura, GSilva retrata o cenário chocante das queimadas no Pantanal, trazendo o sentimento da dor e morte dos animais nas áreas devastadas pelo fogo. Outro trabalho destacado pelo artista é “Valorização de formas” que expressa o modernismo, o design e a arquitetura do movimento alemão de Bauhaus, o qual influencia a arte contemporânea até hoje. Já “Mistérios dos pensamentos” que nos convida a ter coragem de entrar em um mundo desconhecido, onde uma nova vida nos reserva inúmeras incertezas. “Nada mais verdadeiro do que tudo o que estamos vivendo”, assinala.

Além das pinturas, GSilva também explora a linguagem da fotografia. Uma exposição virtual com os trabalhos do artista pode ser conferida no site www.gsilva.art.br. (Da Redação)