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09 de Julho de 2021 às 00:01
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Projeto "Sarau Mulheres da Palavra" abre espaço para poesia marginal produzida por elas. (Crédito: DIVULGAÇÃO)

Mulheres da Palavra - O Sesc Sorocaba apresenta amanhã (10) a 2ª edição do Sarau Mulheres da Palavra, às 19h. Nessa edição, as poetas Brandini e Maria Preta abrem espaço para a poesia marginal produzida por mulheres. O encontro permite a troca de experiências na escrita, tratando das superações relacionadas ao gênero. Também participam do sarau as artistas Teodora Régia e Shay. O público pode acompanhar o sarau via transmissão ao vivo no Instagram do Sesc Sorocaba. O projeto Mulheres da Palavra também conta com exposições mensais de trabalhos produzidos durante a participação nos encontros. Em julho, quem compartilha sua poesia é a artista Thara Wells. O vídeo da poeta fica exposto no Instagram do Sesc Sorocaba a partir do dia 20.

Oficinas infantis - O que é cubismo? Quem foi Pablo Picasso? Muitas crianças e jovens não conhecem a técnica ou a contribuição de Picasso para a arte mundial. Para ajudar jovens a entrar no mudo das artes, o artista plástico sorocabano Paulo Giavoni, está ministrando oficinas de pintura no Espaço Cultural do shopping Iguatemi Esplanada, localizado na divisa de Sorocaba e Votorantim. As oficinas acontecem às sextas, sábados e domingos e as vagas são limitadas para que haja distanciamento entre os participantes e respeito à capacidade do Espaço. A atividade é gratuita. As oficinas acontecem dentro da mostra “O Mundo cabia na minha rua” expõe cerca de 40 telas de Giavoni e que trazem as primeiras lembranças do artista. Paulo Giavoni conta que muitas crianças têm se emocionado nas oficias, principalmente aquelas que adotaram o ensino à distância. “Algumas crianças chegam a chorar nas oficinas pelo simples fato de estarem sentadas, pintado e recebendo orientação”, explica. A aula começa com um tour pela mostra para uma explicação sobre arte e pintura. Em seguida, as crianças recebem os mesmos desenhos das telas, mas apenas com um contorno para que elas pintem e criem à vontade. As crianças tem à disposição álcool em gel e todos os objetos são higienizados antes do uso. As oficinas acontecem às sextas, sábados e domingos das 14h às 18h no Espaço Cultural, que fica no Piso Votorantim da Ala Sul do shopping, e frente à loja Cotton On. Já a exposição está aberta ao público de segunda a sábado das 10h às 21h e aos domingos e feriados das 12h às 20h até 15 de agosto. A entrada é gratuita.

Desfazenda - A temporada de “Desfazenda -- Me enterrem fora desse lugar” segue até dia 11 de julho, com sessões gratuitas (os ingressos devem ser reservados na plataforma Sympla). Na obra, as personagens 12, 13, 23 e 40 são quatro pessoas pretas salvas da guerra por um Padre Branco quando crianças. Desde então vivem na fazenda deste Padre, cuidando das tarefas diárias, supervisionadas por Zero, figura enigmática, central e onipresente, embora sempre ausente. Enquanto buscam entender a situação na qual se encontram, em meio às memórias, as personagens apresentam problemáticas que costumam ser comuns no processo de entenderem-se como pessoas negras no Brasil: a assimilação do ideário do embranquecimento, a busca de autoestima e autoaceitação, a falsa promessa de um dia pertencer igualitariamente ao “mundo dos brancos”, a nascente pulsão de revolta contra conceitos estabelecidos e restrições impostas, além das questões imbricadas de gênero e raça. Desfazenda é livremente inspirada em história real, descrita no documentário “Menino 23 - Infâncias perdidas no Brasil” dirigido por Franca, que parte da descoberta de tijolos marcados com suásticas nazistas em uma fazenda no interior de São Paulo. O assunto foi tratado pelo pesquisador Sidney Aguilar em sua tese de doutorado “Educação, autoritarismo e eugenia = exploração do trabalho e violência à infância desamparada no Brasil (1930-1945)”. No texto, Aguillar relata sobre os 50 meninos negros levados de um orfanato no Rio de Janeiro para uma fazenda - aquela onde os tijolos foram encontrados - e submetidos a trabalhos forçados, isolamento social e castigos físicos por três irmãos que faziam parte da Ação Integralista Brasileira, partido de extrema direita de ideário fascista e nazista.