Em um complexo de 15 mil metros, em Salto de Pirapora, na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), está instalado o Instituto Adimax. A organização já nasceu há seis anos com um propósito nobre: ir além do lucro e dessa forma retornar para a sociedade o sucesso do grupo, um dos maiores fabricantes de alimentos pets do país, com um portifólio que inclui todas as linhas. Entre os rótulos, a conhecida Magnus, Fórmula Natural e Origens.

O espírito de gratidão contagiou colaboradores, voluntários e a sociedade. Em pouco tempo — em seis anos — já foi possível atender mais de 180 mil pessoas, em todo o país, por meio de dez programas sociais.

Quer uma “AUjuda”?

É claro que não poderia ser diferente. O Instituto tem uma ligação inerente com a causa animal. Thiago Pereira, gerente, explica que o objetivo do trabalho é materializar o propósito de amparar idosos carentes, pessoas e animais com deficiência. “São sete milhões de pessoas (no país) com algum tipo de deficiência visual e menos de 150 cães-guias em atividade”, explica. Logo, passou a ser uma frente de trabalho o treinamento e a doação de cães-guias para pessoas com deficiência. Contudo, como de cada dez treinados, cinco eram desligados do programa, eles copiaram o modelo americano e passaram a direcionar os animais que tinham afinidade para serem cães de assistência e auxiliar tetraplégicos, crianças com autismo. Do início até agora, já foram doados 82 cães-guias e 23 de auxílio-emocional. “Não estamos preocupados com quantidade, mas sim com a excelência do serviço prestado para a pessoa com deficiência e o bem-estar animal, por isso oferecemos o que tem de melhor para o cão”, conta Thiago. E são os cães que decidem se vão ser pets, cães de assistência...sim, eles precisam estar bem para essa importante missão.

Mas é impossível não falar da necessidade e relevância do serviço, hoje existe uma lista de espera de mais de mil pessoas com deficiência visual esperando um cão-guia e 150 crianças com autismo que precisam de um cão de assistência.

Motivos para ficar

Se por um lado seria natural se instalar em São Paulo, na capital, onde existe um grande engajamento com causas sociais, os vínculos falaram mais alto. “Há 22 anos, Salto de Pirapora abriu as portas para receber a empresa, nada mais justo do que nos instalarmos na cidade”, comenta. E, para quem duvida das intenções, basta uma visita, a coerência está em fazer o que é o falado. A empresa possui um programa consolidado de inclusão. Funcionários com deficiência são vistos interagindo com outras pessoas e não se assuste se encontrar pelos corredores um cão sendo socializado.

Aliás, essa costuma ser uma grande necessidade, famílias que recebam, sem nenhum custo, o cão para que ele seja treinado para o convívio. Em um ano, com ração, assistência veterinária e treinamento, o animal se torna apto a seguir para a próxima etapa. O próprio Thiago passou pela experiência e levou para casa, para socializar com a família, um cão que se tornou cão de assistência. “Achei que ia ensinar e acabei aprendendo muito”, lembra.

Ao longo dos anos, as histórias de superação se multiplicam. Imagina a emoção de uma mãe ao ouvir pela primeira vez a voz do filho de 10 anos, com autismo severo. O motivo? Chamar o cão de assistência para se alimentar. E, assim, com leveza, sem pretensão e muito amor, os cães se tornam suportes importantes para a vida seguir adiante.

Entrevista

Na entrevista concedida ao Cruzeiro do Sul, Thiago conta detalhes dessa história de gratidão e compromisso social. Até porque existem outros programas sociais, todos ligados ao propósito do Grupo Adimax, como a doação de ração para instituições ou de fraldas para asilos, entre tantas outras ações.

Para quem se interessou e quer conhecer mais, a proposta é acessar institutoadimax.org.br. É possível agendar uma visita monitorada, conhecer a maternidade, com os filhotes (fofos!), ver o treinamento e até mesmo ter a experiência em um túnel sensorial que permite saber como uma pessoa cega vive.

Assista à entrevista completa no canal do Youtube do Cruzeiro do Sul.