FADI
FADI investe para continuar entre as melhores
As reformas na estrutura foram divididas em fases e começaram no interior do prédio

O Direito sempre muda, acompanha a evolução da vida em sociedade, com a criação de novas normas, de acordo com as necessidades e costumes. Por isso, o profissional dessa área precisa estar sempre disposto a aprender. A mudança é mais do que necessária, é fundamental para os operadores que atuam nessa área e, principalmente, ainda mais para uma instituição de ensino, que atua diretamente na formação das novas gerações.
Mas só é possível oferecer o melhor para os alunos quando essa é a realidade vivenciada dentro da sala de aula. Isso inclui desde um conteúdo de excelência até a tecnologia, que, aliás, não para de avançar.
A imponente construção, erguida em fevereiro de 1969, símbolo de uma das mais sólidas instituições de ensino de Sorocaba e região, está em um novo momento. Mesmo tendo sido o berço de muitas histórias de sucesso, a FADI mostra que tem capacidade de se renovar, com métodos de ensino inovadores, e revitalização da estrutura física, com impacto direto na vida acadêmica e administrativa.
As reformas na estrutura foram divididas em fases e começaram no interior do prédio. Logo vão alcançar o entorno. Mas não é só isso, vai além da questão visual. Foram feitas novas contratações para reforçar o time de educadores, investimentos em tecnologia de ponta, mais conforto, além de outras propostas para a formação dos estudantes. A essência continua a mesma: manter o vínculo com a sociedade sorocabana, formando os melhores profissionais, aptos a atuar no mercado profissional, em qualquer área que quiserem.
Esse é o caminho que está sendo trilhado pela direção da faculdade. O fundamento é o ensino, com novas tecnologias e ferramentas, aliado a professores atualizados, com um pé no mercado e outro na sala de aula.
Modernização passa a ser mais um diferencial
Uma das principais características da FADI é a excelência no ensino. Profissionais reconhecidos sempre fizeram parte dos quadros de professores da instituição. Contudo, com o passar dos anos, a estrutura precisava de uma revitalização. Afinal, o mundo mudou, o próprio Direito, como área de conhecimento passou por diversas transformações. Era preciso mudar de fase.
Só que as mudanças só foram possíveis graças a participação ativa do Conselho de Administração da Fundação Educacional Sorocabana, mantenedora da FADI. Nos últimos 20 anos, novas ideias permitiram sonhar com novas possibilidades.
De dentro para fora
O aluno, como figura central, da instituição está sendo o primeiro beneficiado. Ao contrário do que costuma acontecer, a mudança na estrutura física começou pelas salas de aula. Só que vai além de uma reforma. Trata-se de uma proposta que veio revolucionar a dinâmica das aulas.
Com a pandemia do Covid, vivida nos anos de 2020 e 2021, percebeu-se a necessidade de salas conectadas. Além disso, com o retorno presencial, era preciso privilegiar a experiência do estudante.
Houve mudanças no sistema acústico, com diminuição de ruídos externos e melhorias no áudio, em caso de transmissão, com câmeras que possibilitam um acompanhamento em 360º graus do ambiente. O sistema de ar-condicionado foi projetado visando a questão da segurança sanitária, com trocas de ar a cada três minutos. O conforto está em cadeiras e mesas que permitem acompanhar as aulas com tranquilidade. Isso sem falar nas telas, sensíveis ao toque, que se conectam a computadores e tablets. Outras mudanças estão em andamento no setor administrativo e na Biblioteca.
Para o atual presidente da Fundação Educacional Sorocabana, o advogado César Ferraz, as mudanças mostram que o futuro chegou. Afinal, com um corpo docente formado na maioria por mestres e doutores, a qualidade nunca foi preocupação. Contudo, por ficar ‘parada no tempo’ por tantos anos, a mensagem não era condizente com excelência do ensino, com a vocação de mudar a vida dos alunos. “Agora, porque é só uma questão de tempo, até terminar, estamos preparados do ponto de vista da estrutura. Daqui para a frente, todos precisam saber que FADI mudou e se modernizou”, afirma o profissional que se formou na instituição. Aliás, uma história que se mistura com a trajetória familiar dele, já que seu pai foi professor na faculdade. “O que eu tenho veio da FADI, então nada mais justo do que dedicar meu tempo para devolver de alguma forma o que foi proporcionado para minha família”, comenta César. E quem o conhece, sabe, que pelo temperamento firme e a disposição em promover realizações, não existirão impedimentos. Ele é conhecido na sociedade sorocabana por ter coragem de tomar à frente de grandes empreendimentos: por dois mandatos foi o presidente da Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), além de integrar conselhos de empresas privadas.
Empolgado com as mudanças, nem parece que a transição do cargo, deixado pelo advogado Dante Soares Catuzzo Júnior, ocorreu há poucos dias, no fim do mês de maio. Contudo, trata-se de um projeto de continuidade, já que existe um grupo, coeso, disposto a promover mudanças significativas.
Mas qual é o desejo? “Que nenhum estudante que pense em cursar Direito queira sair de Sorocaba. Pra quê? Temos os melhores professores e agora a melhor estrutura. Qual é o objetivo de sair para morar em outro lugar, pagar aluguel caro e enfrentar dificuldades fora de casa? Docentes que dão aula nas melhores universidades de São Paulo também estão aqui”, afirma.
Quando as pessoas certas estão no lugar certo
Com um brilho nos olhos ao falar da FADI, o advogado Dante Soares Catuzzo Júnior se prepara para um novo momento. Ele está entre os quase nove mil egressos da instituição. Dante sempre teve a intenção de voltar como professor. Pouco mais de vinte anos se passaram e ele realiza agora esse sonho.
Aliás, ele foi o gestor da faculdade nos dois últimos anos e também lecionou em outras instituições de ensino. Mas ao passar no concurso para professor na FADI, mesmo sem nenhuma normativa que o impedisse, considerou que haveria um conflito de interesses se estivesse nas duas funções. Por isso, decidiu renunciar.
“Eu tive a oportunidade de pôr em prática o que eu pensava quando era aluno. Claro que isso dentro do possível. Mas foram mudanças que eu sonhei lá atrás”, comenta Dante ao falar das mudanças. O objetivo foi melhorar a eficiência dos serviços oferecidos. Todas as áreas foram impactadas, com uma reformulação em toda a organização, inclusive na área de responsabilidade social, que abrange a oferta de bolsas de estudo.
A expectativa foi iniciar um processo de modernização que deve seguir por muito tempo. Para o profissional ser professor onde ele foi aluno também representa um novo desafio. “É totalmente diferente. Existe a carga emocional de voltar para o local de formação. Você se vê e existe uma reciprocidade com o aluno”, comemora ao dizer que essa relação dos discentes com a instituição é proveitosa, já que muitos retornam de uma forma ou outra para colaborar.
Mesmo ‘sem tempo’, Dante se orgulha de fazer parte dessa história. “Meu coração, além da família e da advocacia, também está aqui”, finaliza.
Professores são na maioria mestres e doutores
O advogado e professor Luís Inácio Carneiro Filho é outro que se sente à vontade, mesmo com as mudanças. São mais de dez anos como docente da faculdade. Além de gostar de onde está, a satisfação também consiste em acompanhar novos projetos, que prometem agregar ainda mais valor para a vida acadêmica dos alunos, com foco no aprendizado efetivo de uma rotina profissional.
Estamos falando de um convênio com o Parque Tecnológico, de cooperação acadêmica, tornando real um desejo antigo. O Parque Tecnológico apresenta os desafios que são enfrentados pelos empresários, principalmente de startups. E, com fins pedagógicos, os alunos discutem as soluções possíveis.
Segundo Carneiro, mudou o perfil dos alunos. Cada vez mais, eles estão buscando a advocacia, diferente dos últimos anos quando os objetivos eram voltados para os concursos públicos. Mas é exatamente por isso que os professores também precisam estar em constante atualização. “O sentimento de ajudar a formar um cidadão, um profissional, é gratificante. Você percebe que ele terminou diferente de quando começou”, comenta.
Até pensando nisso, a direção pedagógica tem sempre buscado atrair profissionais reconhecidos no mercado. Outro reforço que vem somar à equipe é advogada e professora Roberta Dias Tarpinian de Castro. De Sorocaba, ela acabou concentrando por muitos anos a carreira acadêmica na capital paulista, em função de ter se formado por lá. Agora é hora de dar aula “em casa”, apesar de ainda manter aulas também em São Paulo na Pontifícia Universidade Católica (PUC) e na Universidade Mackenzie.
“Eu sempre senti muita falta de estar aqui como professora de Processo Civil. É importante para mim essa necessidade de acompanhar os jovens. Um dos meus grandes medos é ser uma profissional que não consegue acompanhar as mudanças tecnológicas. Estar junto dos jovens nos obriga a estar sempre nos atualizando”, explica Roberta.
Em busca do Mestrado
E tem mais novidades. Um grupo formado por doze professores trabalha para credenciar a FADI junto ao Capes, do Ministério da Educação (MEC), para um curso de especialização stricto sensu (mestrado acadêmico), na área de concentração do Direito e Tecnologia. Trata-se de uma demanda atual, com diversas frentes de atuação. O coordenador científico dos cursos de pós-graduação da faculdade, professor Alexandre Guerra, explica que é possível atrair diversos públicos. “Isso nos permitirá alcançar uma posição regional de destaque nessa área de conhecimento”, frisa. Ele tem razão. Hoje é impossível não analisar o impacto da Inteligência Artificial no Direito. “Nossa preocupação é oferecer soluções acadêmicas para nossos alunos”, explica Alexandre. O processo está na fase inicial. A previsão é que até 2025 o MEC já tenha algum posicionamento sobre o procedimento iniciado pela faculdade.
Atualmente, a FADI oferece cursos de especialização em Direito Processual Civil e Direito do Trabalho.
Inovação aliada à tradição
Os mais de 60 anos da FADI são uma vantagem. A experiência é um valor da instituição, afinal são anos de bons resultados, formando os melhores operadores do Direito da região e com excelentes índices de aprovação no Exame da OAB - entre as 12 melhores do Estado.
O diretor pedagógico, Gustavo Gazzola, comenta que inúmeras novidades estão sendo implantadas para prender atenção dos alunos, com uma modernização das ferramentas. Contudo, ter uma base sólida é algo fundamental.
“Queremos bons alunos, com um vestibular efetivo, para realmente avaliar a condição do estudante”, analisa Gustavo. Essa atenção ao aluno é o centro da formação, tanto que uma psicóloga tornou-se parte da equipe para dar um suporte maior ao estudante em todos os momentos da vida acadêmica.
“Se antes era um monólogo do professor, hoje é preciso usar todas as ferramentas pedagógicas para despertar a atenção do estudante. E nos temos o que oferecer”, comemora ao dizer que o importante é um aluno com senso crítico, vasto conhecimento em humanidades. Com essa bagagem será possível sair pronto para atuar, com ética e responsabilidade.
Estágios
Inovações estão sendo pensadas também para o Núcleo de Prática Jurídica, além do recente convênio com o Parque Tecnológico, citado anteriormente. Experiências na oferta de matérias optativas, como História da Arte, Cinema e Direito, Direito e Diversidade, entre tantas outras disciplinas, têm agradado os alunos que precisam buscar horas complementares e ampliar o conhecimento com o objetivo de ter uma formação diversificada. (Denise Rocha)
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