Sorocaba
Casos de dengue aumentam 154% em relação ao último ano
Cidade registrou 4.573 casos entre janeiro e agosto de 2023; em 2022, foram 1.801 casos no mesmo período
Sorocaba registrou 4.573 casos de dengue e três óbitos entre janeiro e agosto deste ano. Os meses com maior número de casos foram abril, com 2.117 casos; maio, com 1.398 e junho, com 533. No mesmo período de 2022, foram registrados 1.801 casos e uma morte, o que representa um aumento de 154% no número de casos na cidade. As regiões com maior incidência de casos são a zona norte e a oeste.
Nos últimos dias, com forte calor e registro de chuvas, a preocupação com a proliferação do Aedes aegypti -- transmissor da dengue e também da zika e chikungunya -- também cresceu, já que a associação de água acumulada e alta temperatura favorece o período reprodutivo do mosquito, que fica mais curto e mais rápido. Isto explica o aumento de casos de dengue no verão. O mosquito prefere picar o humano a qualquer outra espécie e gosta de água parada para colocar seus ovos.
Segundo a Prefeitura, ações preventivas e de combate são realizadas na cidade, como visitas porta a porta, com ida aos imóveis para a busca ativa de possíveis casos da doença, orientações sobre os sintomas e prevenção, bem como a remoção de potenciais criadouros e aplicações de larvicida. Também são realizadas visitas de rotina. Mesmo quando não há um caso positivo de dengue identificado, as equipes vão às residências para orientar a respeito de sinais da doença e a prevenção. Até o momento, foram realizadas cerca de 230 mil visitas domiciliares e mais de 585 mil quilos de inseríveis foram removidos preventivamente dos mais variados locais e regiões.
As equipes da Zoonoses realizam ações educativas e de mobilização social, com exposições e a distribuição de material educativo em eventos, palestras em escolas e empresas.
Em Votorantim também
Votorantim registrou, de janeiro a agosto de 2023, 3.040 casos confirmados de dengue e duas mortes. Os meses com maior número de casos foram março (858 casos); abril (1.106 casos) e maio (620 casos). Os números deste ano representam um aumento de 374% se comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 641 casos. A região com maior número de casos confirmados é a zona sul da cidade, mais especificamente a Vila Pedroso, Itapeva, Jardim São Lucas, Serrano e Real Park.
Por meio do Centro de Controle de Zoonoses, a Secretaria da Saúde de Votorantim informa que tem realizado diariamente diversas ações de prevenção contra a dengue, como vistoria em imóveis, em locais cadastrados (borracharia, reciclagem e empresas), além de palestras em escolas municipais.
Sintomas
A infecção por dengue pode ser assintomática ou apresentar sintomas leves ou graves, podendo levar à morte. Normalmente, a primeira manifestação é a febre alta (39º a 40ºC), que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Em alguns casos, a pessoa tem manchas vermelhas na pele. Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Prevenção
A melhor forma de prevenir é evitar a proliferação do Aedes aegypti, eliminando água armazenada que pode se tornar possível criadouro, como em vasos de plantas, lagões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas. É preciso, também, manter ralos com pouco uso fechados e colocar no local uma colher com detergente ou sabão em pó. Após cada chuva ou ao lavar o quintal, repetir esse tratamento. Vasilhas de água para animais domésticos devem ser escovadas com bucha e sabão, todos os dias, e ter a água trocada, para eliminar possíveis ovos do mosquito.
Além disso, as caixas d’água devem estar sempre tampadas e bem vedadas, além de não se esquecer de colocar tela no buraco do “ladrão” dos ralos, pois o mosquito pode entrar por ali e depositar seus ovos. Nas lajes, recomenda-se retirar a água acumulada e providenciar para que ela tenha um desnível em direção ao cano. É importante também verificar se as calhas não estão entupidas. Remover folhas ou outros materiais que possam impedir o escoamento da água e manter a calha com um pequeno desnível, em direção ao cano, também ajuda. É essencial ficar atento a possíveis focos de água parada. (Virginia Kleinhappel Valio)