Transmissões de futebol na TV insistem no mesmo modelo do passado
Nos bastidores da final da Copa América no Maracanã, Marcelo Adnet fez questão de posar ao lado do ídolo Leo Batista. O humorista não perdeu a oportunidade de dizer que sabe imitar a sua voz. Crédito da foto: TV Globo João Miguel Júnior
Flávio Ricco, com colaboração de José Carlos Nery
Há muito se reclama por mudanças e inovações nas transmissões do futebol, que em nada são diferentes das realizadas por Tupi e Record, ou mais antigas ainda quando Jorge Amaral deixava o seu cavalo amarrado num poste do Pacaembu enquanto ia narrar a partida.
A evolução se deu apenas na parte tecnológica e o que se reivindica é uma cobertura mais completa, com atrativos capazes de atrair a atenção do telespectador, antes da bola rolar ou depois que parar.
Por mais absurdo que isso possa parecer, a única grande inovação ao que antes existia são imagens dos times chegando ao estádio, com os jogadores descendo apressadamente do ônibus em direção ao vestiário. O mais destacável está no desfile de fones de ouvidos que todos fazem questão de acrescentar aos seus nem discretos paramentos de sempre.
Por que não ampliar os trabalhos de reportagem? Ou não experimentar e ousar um pouco mais, acrescentando detalhes de produção que hoje são desprezados? Usar de maior criatividade. A transmissão de futebol, além do jogo em si, poderia perfeitamente se transformar num trabalho jornalístico mais amplo, completo e atraente. Por que não?
Jornalismo 1 - Beatriz Ivo, na sexta-feira, se desligou da direção de jornalismo da TV Jornal do Recife, afiliada do SBT. A função, desde o dia de ontem, passou a ser exercida por Mônica Carvalho, que estava como editora-executiva.
Jornalismo 2 - A repórter Sabrina Pires, demitida juntamente com dezenas de profissionais do Departamento de Jornalismo da TV Gazeta, voltou a trabalhar no “Jornal da Gazeta”. O comentarista José Nêumanne Pinto também foi recontratado. É a volta dos que saíram.
Disparado - Luan Santana está batendo recorde em execução nas rádios de todo o Brasil com “Quando a bad bater”. Os últimos levantamentos mostram que ele tem números superiores ao dobro do segundo colocado, Gustavo Mioto, com “Fake news”. Wesley Safadão é o terceiro, “Igual ela, só uma”.
Música na novela - “Na correria”, trabalho da Luciana Mello, entra na trilha sonora de “Bom sucesso”, novela das sete, na Globo, que estreia dia 29 de julho. Foi escolhida para ser um dos temas de Paloma, personagem da protagonista Grazi Massafera. Trecho da música: Eu levo a vida na correria/Sou mãe, mulher/ Sou força, sou graça/ Dou sangue, dou raça/ De noite e de dia.
Apoio médico - Ainda da mesma “Bom sucesso”, Antonio Fagundes será um milionário, que sofre de uma doença terminal. Um assunto que a produção da novela vai cuidar com extremo cuidado, inclusive com apoio médico, durante todo o decorrer da novela.
Desleixo - Domingo, Globo arrebentando com a final da Copa América e com a bola de Brasil e Peru ainda rolando, a Band botou no ar o programa “Terceiro tempo”, do Milton Neves. E botou no ar no momento em que começava o segundo tempo. Em se tratando de programação, essa foi uma das maiores derrapadas dos últimos tempos. Resultado: deu um de média.
Não foi a primeira vez - Mesmo trocando de diretores, os problemas e desatinos da Band continuam sendo os mesmos. No ano passado, durante a Copa da Rússia e mesmo com o Brasil em campo, também resolveram colocar no ar o “Jogo aberto”, da Renata Fan. No fim de tudo, um desrespeito completo com o público e anunciantes do horário. Depois se queixam.
Mauro Naves - No dia de ontem, a TV Globo anunciou a rescisão de contrato com o repórter Mauro Naves, ainda por conta do episódio da acusação de estupro que envolveu o jogador Neymar. O profissional estava na emissora há 31 anos.