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Poliana vai levar o SBT à loucura e ao recorde de maior número de capítulos

15 de Outubro de 2019 às 09:22

Novela "As Aventuras de Poliana" estreou no SBT em 16 de maio de 2018

Aqui já foi colocado, mas não custa repetir: o SBT só produz uma novela por vez, com período de exibição nunca inferior há um ano, as vezes até um pouquinho mais, e ainda assim se atrapalha.

Essa decisão de espichar “Poliana” a perder de vista é tão estapafúrdia, como completamente irresponsável. Não existe história para isso. Se depois de 16 meses, já se observa queda na audiência, é de se imaginar como chegará daqui a um ano. Ou agora dois, como se pretende. No começo, os registros eram na casa dos 14 ou 15 pontos de média, contra 10 nos dias atuais. E a tendência é cair ainda mais.

O público do começo não é mais, na totalidade, o de agora. Muitos já desistiram no meio do caminho. Um, dois anos, é bastante tempo na vida de uma criança ou adolescente. Os hábitos foram naturalmente se modificando. Será que nada disso é levado em conta?

Os tostões economizados com a sua continuidade, como alguns tentam fazer prevalecer por benefício pessoal, terão um custo impossível de ser calculado lá frente.

Crédito da foto: TV Gllobo/ Victor Pollak

A dona do Reality

Nos próximos capítulos de “A dona do pedaço”, Maria da Paz (Juliana Paes) encara um reality show de culinária e concorre a prêmio de um milhão de reais.

Vale o parênteses

“Patinho feio”, próxima atração anunciada, já tinha sinopse e primeiros capítulos aprovados por Iris Abravanel, testes realizados e elenco infantil em fase de contratação. Alguém, no entanto, está levando Silvio Santos ao erro de espichar “Poliana”. As consequências, ruins, serão inevitáveis. Para o SBT, já de muito tempo, a novela tem importante papel no sucesso do seu prime time. Serve de alavanca.

Passando a limpo

Vale repetir e deixar esclarecido: “Poliana”, por vias normais, iria até julho de 2020. Só aí já seriam mais de dois anos em cartaz, com seiscentos e tantos capítulos. Agora, diante da decisão de espichar, irá até metade ou um pouco mais que isso em 2021. Vai passar de mil. Já imaginou? “Chiquititas”, produção de 1997, por exemplo, teve 807.

Arde os olhos

Nesta segunda a Record estreou o novo cenário do “Fala Brasil”, nas berrantes cores verde e amarelo, em barras retas. Só que não ficou bom. É tão espalhafatoso, que chama mais atenção que a notícia. Contraria tudo que se aprendeu na vida.

Lição do Boni

Lá atrás, quando na Globo se exagerava ou alguém escorregava em alguma coisa, Boni, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, disparava seus comunicados, explicando direitinho como devia ser feito. Este que vos fala, graças à amizade com Edwaldo Pacote, direto do Boni, teve acesso a vários deles. Lições que deixou para a televisão.

Em um deles

Num desses comunicados distribuídos, foi explicado pelo Boni que as cores berrantes tinham que ser evitadas, a todo custo, nos cenários e figurinos. Assim como “contrastes fortes são rigorosamente proibidos em qualquer caso. Cores básicas claras e tons ‘pastel’ são fundamentais”.

Inversão de valores

Pior é que hoje o que mais tem são cenários rebuscados, cheios de luzinhas piscando o tempo todo, chamando mais atenção do que está em cena. É uma cafonice tão esparramada, que chega a doer os olhos.

Tem outra

Ainda com relação às barras retas, Niemeyer disse certa vez: “Não é o ângulo reto que me atrai. Nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas nuvens do céu, no corpo da mulher amada. De curvas é feito o Universo. O universo curvo de Einstein”.

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