Assim como o entretenimento, jornalismo também não renova valores
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Flávio Ricco, com colaboração de José Carlos Nery
Em assunto recentemente abordado por aqui, foi destacada a quantos se resume hoje o quadro de apresentadores de entretenimento. Tiago Leifert, como última revelação e único caso em tanto tempo, já está nessa estrada há mais de 15 anos.
Mas muito pior do que isso é o que acontece no jornalismo da TV aberta. Por exemplo: quem, hoje, a TV Globo tem à altura para substituir William Bonner no “Jornal nacional” e formar dupla com Renata Vasconcellos?
A mesma coisa o SBT, no caso de Carlos Nascimento, ou a Record para as posições de Celso Freitas e Adriana Araújo? Nomes preparados para a função, em se tratando de todos, ainda não existem. Ou, no mínimo, não são conhecidos.
Em outra escala a maioria ainda se recorda do problema criado na Record após a saída de Reinaldo Gottino. A loucura até se chegar ao nome de Geraldo Luís. E como foi agora, no começo da semana, quando houve a decisão de afastar André Azeredo e destinar sua função ao Bruno Peruka, também iniciante nas funções.
O que se observa é que, em todos esses cenários, não existiu até agora, pelo menos, o cuidado com a reposição.
Demodê - Tem mudado tanta coisa no esporte da Band, inclusive revigorados os desejos de novas conquistas, que poderia se incluir entre elas a troca do uniforme do seu pessoal. É o mesmo, blazer e camisa social, desde a Copa de 2010 para os seus narradores e comentaristas.
JN 50 anos - Marcelo Magno (Piauí) e Mariana Gross (Rio de Janeiro) serão os apresentadores do “Jornal nacional” neste sábado. O rodízio, comemorativo aos 50 anos do telejornal, será encerrado no dia 30 deste mês, com a participação de Lídia Pace (RN) e um plantonista.
Está demonstrado - O rodízio na apresentação do “Jornal nacional”, antes que o reconhecimento ao valor das praças, tem demonstrado quantos bons valores a Globo pode contar no momento que precisar. O trabalho nas emissoras depois do eixo Rio-São Paulo, além de importante, sempre é muito bom.
Exemplo a seguir - E que a experiência do jornalismo se estenda a outros setores do jornalismo da Globo. Por exemplo, no entretenimento. Oferecer oportunidades aos apresentadores das praças para fazer bastidores do “The voice”, “PopStar” ou outros.
Base própria - Ao encontro do que se adiantou por aqui, o digital da Band, dirigido por André Luiz Costa, está funcionando provisoriamente nas instalações da Band no Morumbi. Mas muito em breve todo o seu pessoal será transferido para um conjunto de escritórios na Brigadeiro Faria Lima.
Jornalismo - A possível saída de Andressa Guaraná do quadro do tempo nos telejornais da Band tem dividido opiniões. Segundo se informa, é uma iniciativa contrária a sempre cobrada multitarefa da redação, mas que nunca foi adotada pelas chefias.
Exemplo de cima - Problema é que o novo diretor-executivo Rodolfo Schneider, além das obrigações do seu cargo, também passou a se colocar na escala do “Jornal da Band” nos fins de semana. Além da rádio, diariamente.
Controle de qualidade - O canal Multishow, justificando o próprio nome, tem procurado sempre oferecer uma programação variada, entre humor e musicais. Porém, entre alguns muito bons, existem outros que deixam bastante a desejar. Será que não é o caso de usar melhores critérios?