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Zema estuda afrouxar medidas de isolamento

10 de Abril de 2020 às 00:15

Zema esteve em Brasília para encontro com Jair Bolsonaro. Crédito da foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou que o Estado deve apresentar na semana que vem um protocolo para liberação de medidas de isolamentos social adotadas durante a pandemia do novo coronavírus. O anúncio foi feito em entrevista no Palácio do Planalto, após o governador se reunir com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes.

“Estamos estudando um protocolo que deveremos estar divulgando na próxima semana para que toda a liberação seja feita com os devidos cuidados, com uso de máscaras, uso de vários equipamento, limite de pessoas por metro quadrado”, disse. O protocolo é elaborado pela Secretaria Estadual de Saúde, segundo o governador. Ele informou que aproximadamente 200 municípios já fizeram algum tipo de liberação por decisão dos prefeitos.

“Queremos fazer algo muito responsável. A curva de Minas Gerais, tanto de óbitos quanto de casos de coronavírus, tem se comportado de forma muito melhor do que outros Estados. Posso dizer que Minas tem feito a lição de forma adequada. Mas cabe a cada prefeito analisar sua situação”, declarou.

Minas Gerais tem, de acordo com a última atualização do Ministério da Saúde, no dia 8, 614 casos confirmados e 14 mortes pela doença. O governador destacou que muitos municípios não têm casos confirmados e questionou: “Será que esse município tem de ficar fechado? Tem algum efeito ele fechar todas as atividades?” Segundo Zema, as prefeituras que optarem pela flexibilização terão a ajuda e receberão orientações do governo estadual para tal.

SP segue de quarentena

Já governo de São Paulo não avalia, neste momento, a possibilidade de relaxar a quarentena no Estado ou então abrandar outras medidas restritivas impostas por conta da pandemia do novo coronavírus, disse o governador João Doria (PSDB), em entrevista coletiva ontem. Segundo ele, cogitar a retomada gradual da atividade econômica não faz sentido pois São Paulo ainda não atingiu o pico da pandemia.

“Precisamos ser sinceros e claros à opinião pública de São Paulo: estamos vivendo o pior mês da pandemia, que vai, infelizmente, atingir milhares de pessoas e produzir muitos óbitos”, disse o governador.

O coordenador do Centro de Contingência do Estado contra a Covid-19, David Uip, reiterou a posição de Doria ao afirmar que o órgão que dirige “não discutiu esse assunto por não achar oportuno nem pertinente” para o momento.

Doria disse que a única ajuda financeira que recebeu do governo federal para o combate à pandemia do novo coronavírus foram os recursos prometidos pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante sua visita no mês passado. Segundo Doria, “nenhum outro recurso de nenhuma outra natureza chegou a São Paulo. Zero.”

No dia 13 de março, em reunião com o ministro, Doria havia confirmado o recebimento de R$ 92 milhões da União para ajudar no combate à pandemia. (Estadão Conteúdo)